Sem candidato próprio, Gilberto Kassab volta a entrar no radar do PT
Lula entende que o passe de Kassab está mais acessível após o PSD ficar sem candidato próprio e não formar a segunda maior bancada da Câmara
atualizado
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O PT voltou a colocar as negociações com o PSD, de Gilberto Kassab, entre as prioridades para o primeiro turno da eleição presidencial. A ideia é que as conversas com Kassab sejam retomadas ainda neste mês. Lula acredita que o PSD terá menos exigências para colocar na mesa após a tentativa frustrada de lançar uma candidatura ao Planalto.
Kassab dizia ao PT que não poderia declarar apoio a Lula no primeiro turno porque teria uma candidatura própria para unificar o PSD. A meta de Kassab era usar o projeto de terceira via para formar a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados nessa janela partidária.
A primeira aposta do PSD foi no presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que desistiu da empreitada precocemente. Após o revés, Kassab tentou atrair o ex-governador Eduardo Leite para o partido, mas ele rejeitou a proposta. O ex-ministro também não conseguiu convencer o ex-governador Paulo Hartung a encabeçar uma chapa majoritária.
Diante dos tropeços em nível nacional, Kassab atraiu menos deputados do que gostaria. A bancada do PSD cresceu de 35 para 45 parlamentares, mas ficou apenas como a quinta maior da Câmara. Dono da maior presença na Casa, o PL, partido de Jair Bolsonaro, formou uma bancada com 75 deputados, seguido pelo PP, com 59.
A direção nacional do PT tentará negociar o apoio de Kassab para o primeiro turno, mas entende que uma declaração de neutralidade por parte do PSD já seria benéfica para Lula.
Como contrapartida, o PT pode discutir concessões em Minas Gerais, onde o PSD quer lançar Alexandre Kalil como governador e Alexandre Silveira como candidato ao Senado. No momento, os petistas defendem que o líder da sigla na Câmara, Reginaldo Lopes, concorra ao Senado no estado.