Secretário de Polícia do RJ proíbe imprensa na Cidade da Polícia
Imprensa foi proibida de circular livremente na Cidade da Polícia, local público que abriga quinze delegacias especializadas
atualizado
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O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Albuquerque, proibiu, nesta terça-feira (20/6), que profissionais de imprensa trabalhassem em livre circulação na Cidade da Polícia, espaço público que abriga quinze delegacias especializadas.
Jornalistas estavam no local para apurar o sequestro de um homem por traficantes da favela de Manguinhos, localizada ao lado da Cidade da Polícia. Repórteres e cinegrafistas foram comunicados por um delegado que não poderiam permanecer no local, onde sempre tiveram livre circulação.
Os profissionais de imprensa se recusaram a deixar a Cidade da Polícia, mas tiveram que ficar em uma varanda, do lado de fora, próxima ao estacionamento. Os motoristas foram proibidos de entrar e tiveram que esperar os repórteres do lado de fora, enquanto a operação de resgate do sequestro, com troca de tiros, acontecia próximo ao local.
À coluna, a Secretaria de Polícia Civil negou que tenha proibido a imprensa de permanecer no local e alegou que o motivo do desentendimento foi a falta de respeito com “um acordo” informal feito entre a corporação e a imprensa, de que repórteres não poderiam ficar na porta das delegacias especializadas. Os motoristas foram deixados do lado de fora, correndo risco com a troca de tiros, porque não tinha vaga no estacionamento e devido à realização do curso de formação, alegou a pasta.
A Secretaria de Polícia Civil informou também que jornalistas não podem ter “livre circulação no local” e que “constrangem as vítimas”. Contudo, profissionais de imprensa podem ficar na porta de todas as delegacias do estado e do Instituto Médico Legal, que, tal qual a Cidade da Polícia, são locais públicos.