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Secretário da Receita confirma reunião na casa de Flávio Bolsonaro

Encontro foi solicitado pelo senador, afirmou Tostes Neto 

atualizado

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Flávio Bolsonaro posse de bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro posse de bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, confirmou à Câmara que teve uma reunião no apartamento de Flávio Bolsonaro em setembro, a pedido do senador. O encontro, como mostrou a coluna em abril, tratou de suspeitas do senador sobre a origem do caso Queiroz.

O documento com a confirmação de Tostes Neto foi enviado nesta terça-feira à Câmara por Paulo Guedes, em resposta a um requerimento de informações da deputada Natália Bonavides, do PT do Rio Grande do Norte.

Até então, Tostes Neto havia confirmado apenas uma reunião com Flávio, sem especificar o local ou de quem havia partido o pedido do encontro. Essas informações haviam sido encaminhadas à Câmara em abril, em resposta a questionamentos da bancada do Novo.

Agora, depois de ser cobrada novamente por parlamentares, a Receita Federal também deu mais detalhes sobre o tema da reunião. Acrescentou que as pautas “dizem respeito à situação fiscal de pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao senador Flávio Nantes Bolsonaro”, além de “notícias sobre suposta atuação irregular de servidores da Receita Federal”.

Nesta quarta-feira, o repórter Ítalo Nogueira informou que a Receita Federal rastreou investigações fiscais contra Jair, Michelle, Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, Fabrício Queiroz e duas ex-mulheres de Jair Bolsonaro. Como mostrou a coluna, essa apuração custou R$ 490,5 mil à Receita Federal. A defesa de Flávio Bolsonaro negou ter pedido essas medidas à Receita e disse que o senador pode ter sido alvo de “uso indevido da máquina pública”.

Em agosto do ano passado, como mostrou a coluna, a defesa de Flávio Bolsonaro levou a Jair Bolsonaro uma denúncia de que uma suposta organização criminosa instalada na Receita teria pesquisado ilegalmente o perfil tributário do filho mais velho do presidente, para municiar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na produção do relatório que geraria o caso Queiroz. Se comprovada, a denúncia anularia o caso Queiroz.

Em dezembro, a coluna informou que a Abin enviou relatórios a Flávio Bolsonaro, orientando como seus advogados deveriam proceder para obter provas para anular o caso Queiroz. Luciana Pires, advogada de Flávio, confirmou em entrevista que os documentos foram produzidos pela Abin.

Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, e Alexandre Ramagem, diretor da Abin, negam ter produzido os relatórios.

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metropoles.comGuilherme Amado

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