Se França não for ao Senado, Haddad irá oferecer vaga a mulher negra
Planejamento de Haddad visa a aumentar diversidade em chapa no momento em que o PT é cobrado para defender pautas identitárias
atualizado
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A candidatura de Fernando Haddad planeja oferecer a vaga de senador na chapa do PT em São Paulo para uma mulher negra, caso a negociação para ter Márcio França no posto fracasse.
A ideia é debatida no núcleo duro da candidatura petista para ampliar a diversidade no estado. O PT tem sido cobrado a defender pautas identitárias com mais afinco nesta eleição.
Uma nova controvérsia surgiu no PT após Alberto Cantalice, que integra o Diretório Nacional do partido e é diretor da Fundação Perseu Abramo, publicar no Twitter que “o identitarismo é um erro”. A Perseu Abramo é a instituição programática do PT.
Não existe uma candidata preferida para assumir a vaga no Senado. A ideia de Haddad é que França integre a chapa para facilitar o acordo por uma federação com o PSB, mas o ex-governador insiste que será candidato ao governo.
Lula foi cobrado no ano passado a assumir uma postura mais enfática em relação às bandeiras defendidas por minorias. As reivindicações vieram após o ex-presidente fazer acenos a lideranças do espectro evangélico.
O partido ofereceu uma candidatura à Câmara dos Deputados para a professora Ana Estela Haddad, que é casada com Fernando Haddad, pensando em ter uma mulher com posição de destaque em São Paulo. Os oito deputados federais do PT que tentarão a reeleição são homens, assim como as outras principais apostas da sigla para o estado.