Sara Winter cobra R$ 50 mil do PCO na Justiça por ligá-la ao nazismo
Sara Winter, ex-militante bolsonarista, hoje vive no exterior, mas mantém processo contra o PCO por ter sido associada ao nazismo ucraniano
atualizado
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Sara Winter rompeu com o bolsonarismo e mudou de país e de identidade, mas não esqueceu as disputas políticas do passado. A ex-militante move uma ação na Justiça de São Paulo para receber R$ 50 mil de indenização moral do Partido da Causa Operária (PCO).
A sigla de extrema-esquerda publicou um texto, em junho de 2023, dizendo que Sara fez treinamentos “em batalhão ucraniano, uma das instituições defensoras do regime nazista kievano”. A publicação está disponível no site oficial do PCO.
Na ação, a ex-ativista de extrema-direita alegou que o texto apresenta cunho difamatório e tem o intuito de manchar sua imagem, ao associá-la a regimes “extremistas e genocidas”.
Após uma primeira decisão desfavorável, Sara apresentou recurso e conseguiu, em julho, uma tutela provisória para tirar a publicação do ar até o julgamento do mérito da ação. O texto, no entanto, permanece disponível porque a Justiça não conseguiu notificar o PCO até hoje.
A ex-bolsonarista se identifica como conferencista internacional e escritora em suas redes sociais, mas obteve o direito à gratuidade de Justiça por não trabalhar formalmente desde 2019. Ela afirmou “não possuir rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família”.
Sara adotou o sobrenome do marido, um cidadão americano, e mudou-se para o exterior com ele. Ela chegou a ser presa, a mando do ministro do STF Alexandre de Moraes, por participar de atos antidemocráticos em 2020.