Santos Cruz nega que Bolsonaro tenha admitido vazamento em reunião
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, disse que Bolsonaro sabia de antemão que seriam publicadas denúncias contra Flávio Bolsonaro
atualizado
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O general Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, confirmou à coluna ter presenciado a frase de Jair Bolsonaro sobre o caso Queiroz relatada por Abraham Weintraub neste fim de semana, mas negou que tenha entendido ter se tratado de um vazamento.
No domingo (16/1), o ex-ministro da Educação afirmou que Bolsonaro sabia de antemão que seriam publicadas denúncias contra Flávio Bolsonaro. Segundo Weintraub, Bolsonaro tratou do tema em novembro de 2018, no governo de transição.
“Juntou assim em uma mesa comprida e falou: ‘Ó, eu chamei pelo seguinte: está para aparecer uma acusação, está pegando esse cara aqui’. Apontou para o Flávio”, afirmou Weintraub ao podcast Inteligência Ltda.
Santos Cruz disse lembrar de uma reunião na Granja do Torto, no final da transição ou no início do governo, quando o presidente teria comentado o que o Weintraub falou. Mas, na percepção do ex-ministro, ele se referia aos fatos noticiados pela imprensa naquele dia.
“Penso que o presidente comentou por que estava saindo na mídia naquele dia de manhã. Essa é a minha percepção. Não vejo nenhum vazamento antecipado”, disse.
Perguntado se a reunião teria ocorrido em novembro ou dezembro, Santos Cruz disse não se lembrar. A notícia sobre o relatório do Coaf sobre Queiroz foi publicada em 8 de dezembro. Se de fato a reunião ocorreu em novembro, como disse Weintraub, Bolsonaro tinha informações prévias. Se foi em dezembro, ou janeiro, pode ter se referido ao noticiário.