“Romário é o candidato do Valdemar, não do Bolsonaro”, diz Clarissa
Candidata ao Senado em busca do voto conservador, Clarissa Garotinho afirma que Romário é apoiado por Valdemar, mas não por Bolsonaro
atualizado
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Candidata ao Senado no Rio de Janeiro, Clarissa Garotinho afirma que Romário é apoiado por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, mas não por Jair Bolsonaro. Nesta entrevista à coluna, a deputada do União Brasil disse ainda que, como Daniel Silveira está inelegível, é a única representante do segmento conservador na disputa.
Jair Bolsonaro disse ontem que apoia três candidatos ao Senado no Rio de Janeiro: você, Romário e Daniel Silveira. No entanto, só há uma vaga em jogo. Quem de fato representa Bolsonaro?
O Romário não é o candidato do presidente Bolsonaro. Ele é o candidato do presidente do partido (PL), o Valdemar Costa Neto. Em diversas ocasiões Bolsonaro deixou isso muito claro. Não tenho nada contra ele, já colecionei figurinha dele no álbum da Copa. Mas uma coisa é o jogador Romário, outra o senador. Ele não tem nada de conservador e escondeu Bolsonaro o tempo todo na eleição. Já eu tenho as mesmas ideias, sou contra o aborto, contra a ideologia de gênero, contra a legalização das drogas e a favor da castração química. O que faz a conexão entre as pessoas não são os partidos, são as ideias.
E como avalia a candidatura de Daniel Silveira?
O Daniel Silveira é um legitimo bolsonarista, mas, infelizmente, a mesma Justiça que, de forma absurda, deixou Lula disputar a eleição, mesmo condenado por vários crimes de corrupção, impediu Daniel Silveira de concorrer porque fez criticas a ministros do STF. Infelizmente, o voto no Daniel Silveira vai ser anulado. Justamente por imaginar que isso aconteceria, decidi ser candidata a senadora. Decidi ser candidata pelo campo conservador.
Chegou a conversar com Silveira para que ele retire a candidatura e apoie a sua?
Tem muita gente conversando dos dois lados. Essas pessoas têm conversado.
Qual avaliação faz do governo Cláudio Castro?
Acho que o governo do Cláudio Castro é um governo que ainda não imprimiu nenhuma marca. Teve que superar a crítica política instaurada com a cassação do Witzel, ficou muito refém de grupos políticos da Alerj. Castro teve pouca autonomia para agir com liberdade, até porque ele não foi legitimado pelas urnas. Acredito na vitória dele e que, assim, terá mais liberdade para governar.
Seu pai criticava duramente Cláudio Castro. Agora, a família Garotinho está com ele, por imposição do União Brasil. Vocês guardam alguma mágoa do partido?
Na política, a gente faz escolhas. Elas são movidas pela paixão ou pelo veto. O Rio tem poucas opções no campo conservador. O único candidato do campo conservador ao governo no momento é o Cláudio Castro. Por conta do veto às demais candidaturas, estamos apoiando ele.