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Rodrigo Maia cobra esquerda após discussão por Pixuleco de Lula

No WhatsApp, ex-presidente da Câmara disse que Bolsonaro “vai cansar de ser favorito” se a esquerda continuar dividida

atualizado

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Rodrigo Maia – presidente da camara federal
1 de 1 Rodrigo Maia – presidente da camara federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As críticas a Lula nas manifestações deste domingo (12/9) pelo impeachment de Jair Bolsonaro provocaram uma acalorada discussão no grupo de WhatsApp da iniciativa Direitos Já, do qual fazem parte políticos e ativistas de diversas vertentes políticas. Em meio a um desentendimento entre integrantes, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia fez cobranças aos colegas esquerdistas para que haja uma mudança de postura a tempo de impedir que parte da direita dê um voto útil contra Lula em 2022.

“Nos eventos de esquerda, também teremos ataques à direita, não apenas a Bolsonaro”, escreveu Maia. “Se vocês já estão procurando o que divide, significa que Bolsonaro vai cansar de ser favorito no próximo ano. Isso vai acabar empurrando parte da direita de volta ao voto útil contra Lula.”

Deputados e ativistas de esquerda estavam irritados com menções pejorativas a Lula que estiveram presentes nos atos convocados pelo MBL e pelo Vem Pra Rua. Na Avenida Paulista, o Vem Pra Rua levou um boneco inflável de Lula em trajes de presidiário. O balão é conhecido popularmente como Pixuleco.

A situação provocou um racha entre os organizadores do evento. O MBL acusou o Vem Pra Rua de ter rompido um acordo para tratar apenas do impeachment de Bolsonaro no protesto.

As direções do PT e do PSol, que sinalizaram com a possibilidade de participar de atos suprapartidários para ampliar a pressão contra Bolsonaro, decidiram não aderir aos atos deste domingo por discordarem da forma como eles foram convocados e organizados. Com isso, estiveram na Av. Paulista poucas lideranças de esquerda, como o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, o deputado federal Orlando Silva, do PCdoB, e a deputada estadual Isa Penna, do PSol.

O racha na oposição contribuiu para o esvaziamento da manifestação. A Polícia Militar calculou que só 6 mil pessoas compareceram ao ato em São Paulo.

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