Rodrigo Garcia exclui diretório de SP em negociação com União Brasil
Candidato ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia concentra as negociações em Luciano Bivar, Antonio de Rueda e ACM Neto
atualizado
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O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), negocia uma aliança com o União Brasil para a eleição de 2022 sem tratar com o diretório do partido no estado. Há uma queda de braço entre lideranças do DEM e do PSL para definir quem presidirá a sigla paulista.
Alheio à disputa, Garcia tem dito a aliados que trata do assunto diretamente com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, com o vice, Antonio de Rueda, e com o secretário-geral, ACM Neto. O vice-governador garante que está otimista em relação às negociações e que espera oficializar a parceria em breve.
Em nível nacional o União Brasil faz uma ofensiva nos bastidores para emplacar o vice na pré-candidatura de Sergio Moro, que se filiou ao Podemos. Moro disputa com João Doria o posto de candidato da terceira via, mas Garcia não acredita que a corrida presidencial influenciará nas negociações. Segundo interlocutores, o vice-governador diz que os palanques estaduais serão todos definidos antes das costuras nacionais.
O União Brasil nascerá da fusão entre DEM e PSL. Segundo ACM Neto, a sigla será validada pela Justiça Eleitoral na volta do recesso do judiciário, no início de 2022.
O DEM de São Paulo é comandado pelo deputado Alexandre Leite, filho do presidente da Câmara dos Vereadores da capital paulista, Milton Leite. Já o PSL de São Paulo é chefiado pelo deputado Junior Bozzella. A direção nacional do União Brasil não anunciou publicamente quem ficará com o controle do diretório paulista do partido.
A família Leite declarou apoio à eleição de Garcia, mas Bozzella — e até Rueda — fizeram sinalizações recentes para a candidatura de Arthur do Val, que ainda não definiu por qual partido disputará o governo paulista.