RJ: Procuradoria recomenda que Anatel suspenda sites de apostas
Justiça determinou que sites de apostas que não estejam em conformidade com as leis do Rio de Janeiro devem ser suspensos no estado
atualizado
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A Procuradoria-Geral da Anatel publicou uma nota executória nesta quarta-feira (3/7) recomendando que a agência cumpra a determinação da Justiça Federal para que analise a legitimidade de operação de 115 sites de apostas de quota fixa no estado do Rio de Janeiro. Caso contrário, as atividades dos sites devem ser suspensas.
O pedido foi feito pela Loterj, autarquia de loterias do Rio de Janeiro, que afirmou que a atuação das empresas está em desacordo com as normas estaduais. A entidade pediu o bloqueio dos sites, mas essa possibilidade foi descartada pelo relator do caso no TRF-1 sob o argumento de que as empresas ainda não apresentaram o contraditório.
O procurador Eduardo Pereira Pessoa afirmou que “a decisão judicial foi emanada por juiz competente e não há óbice legal ao seu atendimento” e que “eventual recurso a ser interposto não suspenderia a eficácia da decisão automaticamente”.
Ele recomendou o “cumprimento, de acordo com seus termos, ou seja, para que a Anatel promova a verificação da legitimidade operacional das empresas arroladas na inicial frente à Loterj e, em caso negativo, tomar as providências cabíveis, nos limites do Estado do Rio de Janeiro, para determinar a suspensão das atividades de loteria de apostas de quota fixa que estejam em desacordo com a legislação aplicada à espécie”.
A Loterj lançou um edital no ano passado para credenciar empresas a operarem no Rio de Janeiro. Até o momento, cinco empresas foram regularizadas. A autarquia afirma que o seu pedido de bloqueio dos sites que não estão regulamentados no estado se baseia em decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O edital gerou divergências com outros estados e com a União, já que prevê pagamento de uma outorga de R$ 5 milhões, valor bastante inferior ao pedido pelo Ministério da Fazenda, que é de R$ 30 milhões. Além disso, diz que as empresas devem declarar que estão no Rio de Janeiro, mas podem atuar em todo o Brasil, sem cumprir os critérios de regionalidade.
A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), que representa 17 empresas do setor, afirmou “que a interpretação equivocada dada pela Loterj à decisão não passa de uma nova tentativa frustrada de constranger os operadores a serem forçados a obter a licença estadual antes de ser concluído o prazo para obtenção da licença federal”.
(Atualizacão às 17h30: Na tarde desta quinta-feira, a Anatel enviou notificações aos provedores de internet para que eles bloqueiem os sites das empresas citadas pela Loterj no estado do Rio de Janeiro).
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