A migração do PP para a base do futuro governo Lula ocorre em ritmo acelerado. Petistas dizem que o deputado Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara, já demonstra alinhamento com o presidente eleito.

Barros é filiado ao PP do Paraná. Nesta semana, ele concedeu entrevista dizendo que há disposição no Congresso para aprovar a PEC da Transição.

Interlocutores de Lula dizem que Barros participa das articulações do PP para emplacar indicados nos ministérios de Lula. O presidente da Câmara, Arthur Lira, gostaria de nomear o titular do Ministério da Saúde, área de influência de Barros.

Os cálculos da bancada do PP apontam que 27 dos 47 deputados eleitos deverão aderir de imediato à base de Lula.

(Atualização às 14h44 do dia 16 de dezembro de 2022 – O deputado Ricardo Barros entrou em contato com a coluna para dizer que não participa de nenhuma negociação envolvendo cargos no governo eleito. “Defendo que o PP siga independente, e votarei pelo prazo de um ano na PEC, cuja aprovação defendo para cumprir os compromissos da campanha do presidente Bolsonaro de dar R$ 200 a mais no Auxílio Brasil e o aumento real do salário mínimo”, disse Barros.)