A proibição de pagamento de apostas esportivas com cartão de crédito e através do cartão do Bolsa Família, que o governo deve anunciar na próxima semana, conforme publicou o colunista Lauro Jardim, deve ter pouco efeito prático. A razão é que o modelo de pagamento predominante é o Pix, segundo as próprias bets.

A preferência pelo Pix é porque a transação é instantânea e não há variação de tempo para aprovação do pagamento. Essa velocidade é importante porque a maior parte das apostas são feitas durante as partidas.

Com o Pix não há risco de o pagamento demorar a ser aprovado ou mesmo recusado, e o apostador perder a aposta por ela não ter sido efetivada por falta de compensação do pagamento.

Além disso, o próprio estudo que o Banco Central divulgou nesta semana, com dados de agosto, revela que cinco milhões de beneficiários do Bolsa Família — entre eles quatro milhões de chefes de família — transferiram R$ 3 bilhões às bets apenas via Pix.

Ainda de acordo com o estudo, ainda em agosto, 24 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma transação via Pix para pagar apostas esportivas.

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