Registros de mortes por Covid em cartório crescem na faixa de 20 a 59 anos
Entre 40 a 49 anos, aumento nos registros em cartório foi de 31%
atualizado
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Ainda aguardando a vacina contra a Covid-19, a população mais jovem teve as maiores taxas de mortes pela doença no país em maio, segundo registros de cartórios. Na faixa de 40 a 49 anos, o aumento dos registros cartoriais foi de 31% em relação ao começo da pandemia, em março de 2020. De 30 a 39 anos, de 27%. De 20 e 29 anos, o crescimento foi de 13%.
Por outro lado, entre os idosos, grupo alvo da imunização desde o início do ano, os registros dos óbitos em cartório continuam em queda. As mortes caíram 72% entre os brasileiros de 90 a 99 anos; 65%, de 80 a 89 anos; 58%, de 70 a 79 anos; e de 20% na faixa etária entre 60 e 69 anos. A comparação é feita em relação a março do ano passado.
Os números são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos registros dos cartórios brasileiros de registro civil. Esses cartórios contabilizam mortes, nascimentos e casamentos. As estatísticas podem ser pesquisadas no Portal da Transparência do Registro Civil em tempo real.
O presidente da Arpen, Gustavo Fiscarelli, afirmou que o resultado de maio mostra o impacto da vacinação no país, apesar da marcha lenta. “Começamos a ver o resultado efetivo do aumento da vacinação que, mesmo a passos lentos, já traz reflexo para a população mais velha e deve ser incrementada para também proteger os mais novos”.