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Reforma ministerial pode dar mandato a médico que nega eleição de Lula

O médico bolsonarista Allan Garcês assumirá o mandato de deputado federal se Lula indicar André Fufuca para ocupar um ministério

atualizado

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Reprodução/Instagram
Allan Garcês, primeiro suplente de deputado federal do PP do Maranhão, faz sinal de arma entre Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro
1 de 1 Allan Garcês, primeiro suplente de deputado federal do PP do Maranhão, faz sinal de arma entre Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Instagram

O primeiro suplente do PP do Maranhão não está convencido de que Jair Bolsonaro perdeu a eleição de 2022. Bolsonarista de carteirinha, o médico Allan Garcês assumirá o mandato de deputado federal se o governo Lula confirmar a ida de André Fufuca para um ministério.

Lula deve trocar o comando de ministérios para conquistar o apoio de parte das bancadas do PP e do Republicanos na Câmara. Fufuca foi o indicado do PP para assumir a titularidade de uma pasta no governo federal.

Allan Garcês, médico ortopedista e professor de medicina na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), assumirá o mandato se a nomeação de Fufuca for oficializada. O perfil de Garcês no Twitter é repleto de críticas ao governo Lula.

“O ‘derrotado’ Jair Bolsonaro sendo ovacionado. Você acredita mesmo que esse homem foi derrotado? Isso foi hoje em Ribeirão Preto”, disse Garcês, no dia 30 de abril, ao postar um vídeo de Bolsonaro no interior de São Paulo.

Em outra postagem, no dia 12 de maio, Garcês afirmou que uma “quadrilha” assumiu o controle do governo federal com a vitória de Lula. Oito dias depois, o suplente do PP afirmou que sentia vergonha de ter pertencido às Forças Armadas. “Vejo com muita tristeza que aquele brio e a honra das FFAA se perderam com os anos”, escreveu.

Após a indicação de Cristiano Zanin ao STF, em junho, Garcês declarou que não existia nenhum “resquício de ética e moral neste governo”.

A última postagem de Garcês foi no dia 1º de julho e compilava justificativas bolsonaristas para o Brasil ter se convertido em uma ditadura comunista. “Direito político cassado por crime de opinião e discordar do sistema”, dizia um dos tópicos, referindo-se à inelegibilidade de Bolsonaro.

Em 2019, Garcês foi indicado para trabalhar no Ministério da Saúde por Luiz Henrique Mandetta, que precisava nomear bolsonaristas para agradar o então presidente. Garcês se aproximou de Bolsonaro em 2016, época em que defendia o impeachment de Dilma Rousseff e liderava o movimento Nas Ruas no Maranhão. O médico também palpitou na formulação do plano de governo de Bolsonaro na campanha de 2018.

Reprodução/Twitter
Print da postagem em que Allan Garcês questiona o resultado da eleição presidencial de 2022

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