Recriação de pasta da Segurança Pública aumenta tensão entre Abin e PF
Possibilidade de recriar ministério para segurança pública aumenta desconfiança entre integrantes da Abin e da Polícia Federal (PF)
atualizado
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A tensão nos bastidores entre integrantes da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que escalou após a operação na última sexta-feira (20/10), sobre o possível uso ilegal de um sistema de monitoramento por geolocalização, aumenta diante da possível recriação do Ministério de Segurança Pública.
Lula citou a possibilidade na terça-feira (24/10), em meio à crise de segurança no estado do Rio de Janeiro e à especulação sobre a indicação do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, foi secretário de segurança pública entre 2003 e 2007, no primeiro mandato de Lula, e diretor-geral da PF entre 2007 e 2010. Na visão de integrantes da Abin ouvidos pela coluna, Corrêa é apontado como um nome ouvido pelo presidente na área e, mesmo se não for cotado para se tornar ministro, poderia influenciar na escolha do nome.
A PF ficaria sob o guarda-chuva do novo ministério. Na Abin, a interpretação que circula é que a atual cúpula da PF teme eventual subordinação a Corrêa.