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Ramagem contrata empresas ligadas a réu por lavar dinheiro do CV

Empresário chegou a ser condenado, mas decisão foi anulada. Ele, no entanto, continua a responder por lavar dinheiro para o Comando Vermelho

atualizado

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BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Abin O deputado Alexandre Ramagem
1 de 1 Abin O deputado Alexandre Ramagem - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O deputado Alexandre Ramagem, que concorre à Prefeitura do Rio de Janeiro, contrata desde abril firmas ligadas ao empresário Otto Maciokas, acusado de lavar dinheiro para o Comando Vermelho na Região dos Lagos, no estado do Rio. De acordo com o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, Ramagem aluga carros com duas companhias ligadas a Otto.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Otto e o pai, Peter Maciokas, lavavam dinheiro para o traficante Carlos Eduardo Rocha Freire Barboza, o Cadu Playboy, do Comando Vermelho. Eles também são acusados de desvio de dinheiro público.

Segundo publicaram as jornalistas Anita Prado e Gabriela Moreira, Peter foi condenado a 33 anos de prisão pelo crime. Otto chegou a ser sentenciado a 43 anos de prisão, mas o julgamento foi anulado por erros processuais. Ele, no entanto, ainda é réu e responde em liberdade.

Uma das empresas contratadas por Ramagem é a Sane Lagos, que pertence a Juliana Assis da Silva, esposa de Otto. A empresa foi aberta dez meses após o empresário ser preso pela Polícia Federal, em 2018. Hoje, Otto trabalha na empresa. A Sane Lagos foi contratada em junho e recebeu dois pagamentos de R$ 6 mil.

A outra empresa é a DM Participações, que pertence a Rodrigo Toledo Piza Lima, amigo e sócio de Otto em outra empresa, a Ocean Green. A DM funciona no mesmo endereço de outra empresa de Otto, a OLM. Enquanto a primeira ocupa a sala 5, a segunda está instalada na sala 1 do mesmo andar de um edifício em Cabo Frio.

A DM Participações já recebeu quatro pagamentos de R$ 8.500 do gabinete de Ramagem. A empresa mantém diversos contratos ativos com o governo do Rio, comandado por Cláudio Castro, do PL, assim como Ramagem.

Procurado pela reportagem, Ramagem não retornou. O espaço segue aberto para manifestações.

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metropoles.comGuilherme Amado

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