O deputado Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin e sob cuja direção foi montado o sistema ilegal de espionagem que a PF desvenda hoje, ainda não conseguiu, três anos depois explicar a acusação que lhe foi feita pela advogada de Flávio Bolsonaro, Luciana Pires.

Em 2020, em entrevista à coluna, Pires disse que Ramagem enviou diretamente para o WhatsApp de seu cliente, Flávio, relatórios com orientações para que fossem obtidas provas para anular o caso Queiroz.

Ramagem se limitou a dizer que não produziu nem enviou os relatórios, processou a coluna, mas em momento algum se dirigiu a Luciana Pires para questionar o que ela disse. Ela, lembremos, não é o sorveteiro da esquina, mas sim advogada de Flávio Bolsonaro, aliado de Ramagem e filho do ex-presidente que o ex-delegado reverencia.