Quem está atuando para acabar com o racha no PCC
Racha no PCC pode atrapalhar interesses da facção em realizar uma “revolução” no sistema penitenciário brasileiro
atualizado
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Advogados e familiares dos chefes do Primeiro Comando da Capital vêm atuando para tentar acabar com o racha na maior facção do Brasil, para não atrapalhar o movimento iniciado nos presídios para reivindicar melhores condições aos detentos.
Recentemente, o PCC e o Comando Vermelho estabeleceram uma trégua, segundo pessoas ligadas às duas facções disseram à coluna, para dar início a esse movimento por melhores condições.
Advogados e familiares de integrantes do PCC vêm ressaltando, principalmente com as lideranças da facção, os chamados sintonias, que um racha interno colocaria em risco a trégua com o Comando Vermelho e a “revolução” dentro do sistema prisional, como eles chamam essa reivindicação por melhores condições.
O racha no PCC começou após o chefe da facção, o traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, referir-se ao traficante Roberto Soriano, o Tiriça, como “psicopata”. A fala de Marcola foi gravada pelo policial penal com quem ele falava e usada no julgamento de Tiriça sobre o assassinato de uma psicóloga do sistema prisional.
Tiriça, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, romperam com Marcola por considerarem que ele “delatou” o correligionário. O Primeiro Comando da Capital, então, expulsou os três da facção e os condenou à morte. O trio, entretanto, tem o apoio de uma parte da organização criminosa que considera que Marcola de fato delatou um integrante do PCC para o sistema penitenciário.