metropoles.com

Quem é o criminalista que defende o general mais temido por Bolsonaro

Último comandante do Exército sob Bolsonaro, general Freire Gomes é autor do depoimento que mais amedronta o ex-presidente

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
1º Sgt Sionir/Exército Brasileiro
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército
1 de 1 O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército - Foto: 1º Sgt Sionir/Exército Brasileiro

O autor dos depoimentos e revelações que mais amedrontam Jair Bolsonaro na investigação sobre o golpismo gestado em seu governo é o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército.

O militar, que não se calou aos investigadores da Polícia Federal e falou a eles por mais de 7 horas, afinal, é um general de quatro estrelas da reserva — não um delator em busca de benefícios na Justiça — e o grau de carbonização de Bolsonaro em suas falas pode impactar decisivamente o ambiente na caserna em relação ao ex-presidente, conforme avaliação dele próprio, como mostrou a coluna.

Nos trâmites das investigações de que se tornou peça central, Freire Gomes optou por contratar um advogado discreto no cenário nacional. O ex-comandante do Exército é defendido pelo criminalista João Marco Gomes de Rezende (foto abaixo), que atua em Brasília individualmente.

O advogado João Marco Gomes de Rezende

Com procuração de Freire Gomes desde o último dia 29/2, Rezende tem autorização do general para representá-lo nos autos da investigação da Operação Tempus Veritatis, que mirou o núcleo duro do golpismo no governo, e no inquérito das milícias digitais, ambos sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no Supremo.

Antes de passar a defender o ex-comandante do Exército, João Rezende teve experiências recentes em casos de repercussão na seara criminal.

Ele defende dois réus no STF pelos ataques do 8 de Janeiro, em ações suspensas para negociação de acordos de não persecução penal com a PGR, e já fez parte da defesa do empresário Thiago Brennand, condenado por estupro e agressões contra mulheres em três processos, a penas que somam mais de 20 anos de prisão. No caso de Brennand, Rezende foi autor, ao lado de outros advogados, de habeas corpus a favor dele.

O advogado do general também defendeu o ex-secretário da Anvisa José Ricardo Santana no âmbito da CPI da Pandemia, que ouviu Santana, em agosto de 2021, a respeito de supostos pedidos de propina na agência na compra de vacinas contra a Covid-19. O defensor de Freire Gomes ainda atuou no caso envolvendo suspeitas de rachadinha no gabinete do senador Davi Alcolumbre, defendendo um auxiliar dele, Paulo Boudens.

Assumir o caso de Freire Gomes, no entanto, é empreitada de outro nível. O advogado está ao lado da figura que, ao elucidar temas como a minuta com os planos golpistas e as pressões de Bolsonaro sobre a cúpula militar, será fundamental no desenrolar das apurações no STF.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?