O caminho até a candidatura se confirmar não será tão fácil. O presidente do PTB, Marcus Vinicius Vasconcelos, conhecido como Neskau, é contra a filiação de Queiroz. O deputado estadual do Rio de Janeiro considera que o ex-assessor de Flávio tenta testar sua viabilidade política com essa articulação.
Na avaliação de Neskau, que também preside o diretório fluminense, por onde Queiroz concorreria, o ex-PM não tem espaço dentro do bolsonarismo. Segundo ele, nem Flávio nem Jair Bolsonaro querem seus nomes relacionados ao de Queiroz. O ex-assessor é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por suposta organização criminosa de peculato. “Traz muita coisa ruim à tona”, disse Neskau.
No evento de filiação do PTB em São Paulo, onde Queiroz circulou dizendo ser candidato, Neskau não estava. Até hoje, o presidente da sigla não foi procurado por Queiroz.
11 imagens
1 de 11
Fabrício José Carlos de Queiroz, de 56 anos, é policial militar reformado e ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente da República
Reprodução/ SBT
2 de 11
Amigo do clã Bolsonaro desde 1980, o ex-policial também foi motorista e segurança da família. Além dele, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício, e as duas filhas do casal já trabalharam para Flávio
Reprodução/ Redes sociais
3 de 11
Após ser acusado de suposto envolvimento em esquema de rachadinha quando ainda assessorava o filho mais velho de Bolsonaro, Queiroz foi afastado do convívio da família do presidente
Reprodução/ Redes sociais
4 de 11
A investigação realizada dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro teve início no fim de 2018, quando a Polícia Federal investigava casos de corrupção dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Relatórios apontaram movimentações suspeitas de parlamentares e servidores da Casa legislativa. Um deles era Queiroz
Reprodução/ Redes sociais
5 de 11
O Ministério Público do Rio de Janeiro descobriu, por meio de quebra de sigilo, que Fabrício movimentou milhões por meio de depósitos de dinheiro feitos por assessores ligados ao gabinete do filho mais velho do presidente. Com isso, Queiroz e Flávio passaram a ser suspeitos de organizar um esquema de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual
Reprodução/ Redes sociais
6 de 11
As investigações apontaram ainda repasse no valor de R$ 72 mil do ex-policial em 21 cheques para a primeira-dama Michele Bolsonaro. À época o presidente afirmou que foi pagamento de um empréstimo
Agência Brasil
7 de 11
Fabrício e a esposa chegaram a ser presos preventivamente após mandado de prisão e de busca e apreensão, mas tiveram a prisão revogada pelo STJ em 2021
Reprodução/Redes sociais
8 de 11
Recentemente, surgiram informações de que Queiroz estaria interessado em se candidatar para as eleições de 2022. Ele, inclusive, afirmou ter recebido convites de filiação de quatro partidos
Reprodução/ Redes sociais
9 de 11
“Ainda não tem nada certo, mas ainda bem que as pessoas estão vindo me procurar e eu tenho espaço e oportunidades”, disse Queiroz sobre a possibilidade de se lançar como candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro nas eleições deste ano
Reprodução/ Redes sociais
10 de 11
Fabrício Queiroz e Jair Bolsonaro: amigo da família poderá trabalhar em gabinete de deputado bolsonarista
Reprodução/ Redes sociais
11 de 11
Segundo o colunista Guilherme Amado, Queiroz esteve em Brasília e se reuniu com a presidente do PTB, mas disse que nada foi definido
Reprodução
Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.