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Quanto um ministro que não voou de FAB gastou com passagens em 2023

O Palácio do Planalto pediu para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) reservar verba pública para custear passagens aéreas de ministros

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Clauber Cleber Caetano/PR
Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)
1 de 1 Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) - Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirma ser um dos poucos titulares da Esplanada a não ter usado aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar em 2023. Um despacho enviado por Lupi à Comissão de Fiscalização e Controle Financeiro da Câmara aponta que o ministro gastou R$ 77 mil com passagens de companhias privadas neste ano.

O uso de dinheiro público para custear passagens aéreas de ministros de folga entrou no debate político após o Palácio do Planalto pedir para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) conter um dispositivo com essa finalidade.

A emenda, apresentada pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, determina a destinação de verba do orçamento público para pagar “passagens aéreas entre Brasília e o local de residência de origem de membros do Poder Legislativo, Ministros do Supremo Tribunal Federal e Ministros de Estado”.

Os governistas alegam que a medida trará economia para os cofres públicos, pois a compra de passagens de empresas privadas sairá mais em conta do que o aluguel de aeronaves da FAB. Só um voo de jatinho da Força Aérea pode custar R$ 70 mil para o erário. Em maio, o Estadão reportou que foram gastos R$ 130 mil com os voos de ida e volta do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, para uma agenda dominada por compromissos privados em São Paulo, como a ida a leilões de cavalos.

O relator da LDO, deputado Danilo Forte, do União Brasil do Ceará, disse que incluiu a emenda de Randolfe no texto porque ministros ganham pouco para custear as próprias viagens para bases eleitorais. Um titular da Esplanada dos Ministérios recebe R$ 41 mil por mês. O valor sofrerá reajuste no dia 1º de fevereiro de 2024 e subirá para R$ 44 mil mensais.

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metropoles.comGuilherme Amado

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