Qual será a estratégia de Lula hoje em reunião com comandantes militares
Lula vai morder e assoprar no encontro que ele e o ministro da Defesa, José Múcio, terão com os três comandantes militares
atualizado
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Lula vai morder e assoprar no encontro que ele e o ministro da Defesa, José Múcio, terão com os três comandantes militares, o general Júlio Cesar Arruda, do Exército; o almirante Marcos Sampaio Olsen, da Marinha, e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, da Aeronáutica. Ou melhor: assoprar e morder.
A estratégia planejada pelo ex-presidente, segundo auxiliares próximos, foi adiantada pelo próprio ao responder nesta quarta-feira (18/1) à jornalista Natuza Nery.
Lula pretende que a primeira parte da reunião seja sobre um tema que os militares adoram: mais verbas para cada comando, com a indicação de projetos estratégicos de cada força, e sobre como a indústria de defesa nacional deve evoluir para atender as necessidades das três.
Depois, o assunto mais pesado e verdadeira razão por o presidente convocar os comandantes pela segunda vez com 20 dias de governo: a politização dos quartéis. Lula não gostou da postura dos militares, em especial do general Arruda, comandante do Exército, no dia 8 de janeiro.
No domingo dos ataques terroristas, Arruda enfrentou o ministro da Justiça e proibiu a prisão dos golpistas que acampavam em frente ao quartel-general do Exército. Para o caldo não entornar, acordou-se que as prisões seriam feitas no dia seguinte de manhã. Lula considerou o episódio inadmissível. E deixará claro hoje aos militares que episódios como esses, caso se repitam, serão punidos como a insubordinação que são.