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PT vai à Justiça para cobrar Moro por supostos prejuízos da Lava Jato

Deputados do PT afirmam que Sergio Moro deve ser condenado “ao ressarcimento dos prejuízos causados ao Estado” durante a Lava Jato

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Sérgio Moro, ex-juiz e atual pré-candidato a Presidência da República. Ele usa terno escuro e camiseta branca- Metopoles
1 de 1 Sérgio Moro, ex-juiz e atual pré-candidato a Presidência da República. Ele usa terno escuro e camiseta branca- Metopoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Parlamentares do PT moveram uma ação popular contra o ex-juiz Sergio Moro para pedir que ele seja condenado ao “ressarcimento dos prejuízos causados ao Estado” por decisões tomadas durante a Operação Lava Jato.

A ação foi elaborada pelo grupo de juristas Prerrogativas, que é crítico à Lava Jato, e foi apresentada à Justiça do Distrito Federal.

Segundo os autores, Moro atentou contra a “legalidade, a impessoalidade e a moralidade administrativa” e causou “severos prejuízos ao interesse público e ao erário público”.

Os petistas afirmam que Moro “teve que sacrificar os cofres da Petrobras e de outras tantas companhias do ramo de petróleo e gás para dar ares de legitimidade aos seus atos”. Eles argumentam na ação que o ex-juiz também aplicou “multas astronômicas, com nítido caráter confiscatório, a todas as companhias trazidas ao centro” da Lava Jato.

O pedido se baseia no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que calculou em 4,4 milhões a perda de empregos causada pela Lava Jato. O Dieese também estimou em R$ 47,7 bilhões o impacto que a operação teve na arrecadação de impostos.

O estudo diz que defende o combate à corrupção porque “desvios de recursos públicos significam menor capacidade de atuação do Estado”. Mas, na visão do Dieese, o combate “deve preservar a estrutura produtiva e punir os culpados”.

Caso Moro seja condenado, o valor da indenização deverá ser calculado durante o curso da ação popular.

(Atualização às 18h39 do dia 27 de abril de 2022 – O ex-juiz Sergio Moro emitiu nota para se defender do conteúdo apresentado na ação popular. “O governo do PT foi manchado pelos maiores escândalos de corrupção da história. A gestão desastrosa do PT quase quebrou a Petrobras e o país. O que prejudicou a economia e eliminou empregos foi a corrupção e não o combate a ela. Com esta ação popular, líderes do PT demonstram que não aprenderam nada, que estão dispostos a inverter os valores da sociedade e que querem perseguir quem combateu a corrupção em seu governo. É um prenúncio da perseguição que irão realizar caso ganhem as eleições, instaurando um regime autoritário e corrupto”, afirmou.)

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Meses depois, o ex-juiz mudou para o União Brasil
Durante a carreira, Moro atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo
Moro foi chamado de "suspeito" em pedido apresentado por construtora ao STF
Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro
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Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro foi lançado como pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos

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Meses depois, o ex-juiz mudou para o União Brasil

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Durante a carreira, Moro atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo

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Moro foi chamado de "suspeito" em pedido apresentado por construtora ao STF

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Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro

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Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro azedou. Após deixar o governo, o ex-juiz passou a advogar e a atuar como consultor para empresas privadas

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Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da República

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No decorrer da carreira, Moro ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo

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Moro diz que Lava Jato agiu "dentro da lei"

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