PT tenta convencer Márcio França a dar suplência no Senado ao PSol
PSol decidiu que apoiará Fernando Haddad, mas poderá lançar um candidato ao Senado caso Márcio França não aceite o acordo
atualizado
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O PT tentará a última cartada para manter a unidade da coligação de Fernando Haddad em São Paulo. Em reunião com o PSol nesta semana, dirigentes petistas afirmaram que trabalharão para convencer o pessebista Márcio França a ceder a primeira suplência da vaga ao Senado ao partido de esquerda.
França quer emplacar o empresário José Seripieri Junior, fundador e ex-proprietário da Qualicorp e atual dono da QSaúde, como primeiro suplente.
O pessebista tem a expectativa de virar ministro em um eventual governo Lula, o que abriria espaço para o suplente exercer o mandato.
Está definido que o PSol apoiará a candidatura de Haddad ao governo paulista, independentemente do desfecho da negociação. Se França topar o acordo, o PSol fará um debate interno para aprovar a ideia e indicar o nome do suplente.
Caso França rejeite a proposta, o PSol lançará um candidato próprio ao Senado. A preferência da sigla é para emplacar uma mulher na disputa, dominada até este momento por homens.
França tem se queixado de que uma candidatura do PSol ao Senado o prejudica. Ele desistiu de disputar o governo estadual para ter o apoio de Lula e Haddad na eleição para Congresso.
O PSol retirou a pré-candidatura de Guilherme Boulos ao governo de São Paulo e, em troca, ouviu a promessa de que o líder do movimento sem-teto terá o respaldo de Lula e do PT na eleição municipal de 2024.