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PT do Rio mantém pagamentos para empresa de dirigente do partido

Agência de publicidade que pertence ao presidente do PT de Japeri recebeu mais de R$ 900 mil do diretório do partido no Rio de Janeiro

atualizado

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1 de 1 Bandeira do PT - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A direção estadual do PT do Rio de Janeiro manteve a contratação de uma agência de publicidade que pertence ao presidente do partido em Japeri (RJ), cidade de 105 mil habitantes situada a 73 quilômetros da capital fluminense.

A coluna noticiou a contratação da Click Search Agência de Publicidade – Eireli em outubro do ano passado. Dados enviados pelo PT-RJ à Justiça Eleitoral mostram que a empresa recebeu R$ 935 mil até agora.

A agência de publicidade pertence a Lenilson da Cruz, eleito em setembro de 2019 para um mandato de quatro anos como presidente do PT de Japeri.

A primeira contratação feita pelo diretório fluminense do PT ocorreu em 2020, segundo o TSE. A empresa recebeu R$ 78.150 por serviços prestados naquele ano. Os pagamentos subiram para R$ 337.167,20 em 2021.

A agência recebeu mais R$ 289.359,50 para prestar serviços ao PT-RJ em 2022. Entre janeiro e junho deste ano, o diretório estadual fez pagamentos que totalizaram R$ 230.861.

As contratações dos serviços pelo PT-RJ ocorreram com verbas públicas do fundo partidário.

No mês passado, o PT filiou a prefeita de Japeri, Fernanda Ontiveros, em cerimônia que contou com o presidente da sigla no estado, João Maurício, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Antes de Fernanda, o PT comandava só a Prefeitura de Maricá, com Fabiano Horta.

Ao oficializar a filiação, Lenilson da Cruz levou a prefeita a Brasília para se encontrar com André Ceciliano, secretário de Assuntos Federativos da Presidência, e com a presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann. As fotos foram postadas por ele no Instagram.

No ano passado, Lenilson da Cruz disse à coluna que não existia nenhuma irregularidade na contratação da agência e que as instâncias partidárias são independentes. Ele declarou que “o fato de ser filiado e ter militância numa instância de diretório municipal do partido não exclui a possibilidade de prestação de serviços para outra instância partidária”.

A coluna voltou a procurar o dirigente petista para tratar do caso. Lenilson da Cruz reforçou que não há relação entre o diretório de Japeri e o funcionamento do diretório estadual. “A maior evidência de que não existem irregularidades é que tanto a contratação quanto a despesa são públicas. Os serviços foram prestados, logo, os pagamentos eram devidos”, afirmou.

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metropoles.comGuilherme Amado

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