PT rebate seu vice-presidente e sai em defesa de Dilma Rousseff
Vice do PT disse que ex-presidente Dilma Rousseff não tem mais “relevância eleitoral”
atualizado
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O PT saiu em defesa de Dilma Rousseff e rebateu o vice-presidente do partido, Washington Quaquá, que disse que a ex-presidente não tem mais relevância eleitoral. Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (30/12), a sigla afirmou que a declaração é geralmente usada para dificultar a participação feminina na política.
“Cabe fazer um debate sobre a régua em que se mede a relevância de um quadro político, que não é apenas o resultado eleitoral. Se assim o fosse, a ‘irrelevância eleitoral’ de Dilma, que foi eleita duas vezes presidenta, obteve 15% dos votos ao senado em Minas Gerais, seria a mesma que outros quadros petistas homens, historicamente importantes, que obtiveram a mesma faixa de votação que ela, ou até menos, no mesmo ano, em seus respectivos estados – e sobre cujas cabeças não pesou o fardo de ‘irrelevantes”, afirmou o comunicado assinado pela Secretaria Nacional de Mulheres e das 27 Secretarias Estaduais de Mulheres do PT, acrescentando: “Relevância eleitoral’ também é um artifício comumente utilizado para obstaculizar a participação de mulheres na política”.
Na quarta-feira (29/12), disse Washington Quaquá à coluna: “A Dilma é ex-presidente e tem o papel dela. Mas, do ponto de vista eleitoral, não”, afirmou, ao ser questionado sobre a ausência da ex-presidente num jantar no último dia 19, que reuniu Lula e Geraldo Alckmin em São Paulo.
Horas depois, a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, reagiu e defendeu a ex-presidente de quem foi ministra. “A opinião individual de Washington Quaquá não corresponde ao papel da presidenta Dilma na história, no presente e no futuro do PT. Dilma merece o respeito e a solidariedade de cada dirigente e militante do partido”, afirmou Gleisi.
O jantar que juntou Lula e Geraldo Alckmin no último dia 19 também chamou a atenção pela ausência da ex-presidente. O evento foi organizado pelo Grupo Prerrogativas, formado por advogados. A organização afirma ter convidado a ex-presidente, mas Dilma dá outra versão: alega que não foi chamada.