PT diz à Justiça que Sergio Moro omitiu R$ 21 milhões e pede cassação
Juiz Sergio Moro condenaria candidato Sergio Moro, afirmou defesa do PT à Justiça; sigla pede que Moro fique inelegível por oito anos
atualizado
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O PT afirmou à Justiça Eleitoral que o senador Sergio Moro omitiu R$ 21,6 milhões da campanha, e pediu a que o bolsonarista seja cassado e fique inelegível por oito anos. O documento foi apresentado nesta quarta-feira (13/12).
Nas alegações finais enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, o partido citou trechos de um livro de Moro, em uma tentativa de apontar contradições do ex-juiz da Lava Jato, como mostrou a coluna. “O juiz Moro não teria qualquer piedade em condenar as ilicitudes cometidas pelo candidato Moro”, disse a defesa do PT.
O PT e o PL, sigla de Jair Bolsonaro, acusaram Moro no TRE do Paraná dos seguintes crimes eleitorais: abuso de poder econômico, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos, além de mau uso dos meios de comunicação. As duas ações, que agora tramitam em um só processo, pedem que o ex-juiz seja cassado e fique inelegível por oito anos.
Segundo o documento, Moro omitiu R$ 21,6 milhões em sua campanha eleitoral: R$ 4,8 milhões pagas e outras R$ 16,8 milhões contratadas, mas não quitadas até o momento. O valor é bem superior ao limite de gastos de campanha para senador, que é de R$ 4,4 milhões.
Para a legenda, Moro antecipou gastos eleitorais irregularmente e trouxe toda a estrutura de sua pré-campanha presidencial pelo Podemos para o União Brasil, quando Moro tentou ser deputado federal e, por fim, senador.
“Não há, enfim, nenhum argumento minimamente factível e razoável quepermita a esta Corte ignorar que essa verdadeira farra com recursos do Fundo Partidário. Mais: às vésperas de um novo período de pré-campanha municipal, teria esta Corte que fixar o precedente perigosíssimo de que o ‘vale-tudo’ é permitido e premiado na pré-campanha. Ou pior, que esse limite não se aplica a apenas alguns candidatos e não a outros, algo que o juiz Moro certamente repudiaria”.
Em depoimento na última quinta-feira (7/12), Moro alegou inocência e se negou a responder qualquer questionamento dos advogados do PT.