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PSDB tem denúncias, app bugado e bolsonaristas votando nas prévias

PSDB planejou evento para se gabaritar na 3ª via, mas problemas mostram a dificuldade de partidos conviverem com democracia interna

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Militantes de Eduardo Leite no PSDB
1 de 1 Militantes de Eduardo Leite no PSDB - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

As caóticas prévias do PSDB não poderiam ter sido piores para a imagem do partido que tenta se cacifar no projeto de construção de uma terceira via para 2022. Rachada entre as candidaturas de Eduardo Leite e João Doria, a sigla enfrenta neste domingo (21/11) problemas no aplicativo de votação, denúncia de pagamento de cabos eleitorais e o voto de bolsonaristas que já anunciaram que sairão da legenda.

Desenvolvido ao custo de R$ 1,25 milhão, o aplicativo para votação apresenta instabilidade desde o início da votação. O sistema caiu com o acesso dos filiados e até agora não houve uma solução para corrigir o problema.

Empresas contratadas para acompanhar a votação investigam a denúncia de que teria acontecido um ataque hacker ao app, mas integrantes da direção nacional e da campanha de Eduardo Leite dizem que essa hipótese é remota.

O principal problema está na falta de licenças para suportar o reconhecimento facial dos filiados. A desenvolvedora do aplicativo está tentando adquirir mais licenças junto à Microsoft para permitir o acesso dos tucanos ao app.

O evento organizado em Brasília para que tucanos votassem em urnas eletrônicas acabou esvaziado com a decisão da direção nacional de liberar a votação por aplicativo para os filiados com cargos eletivos. O PSDB havia feito mais de 600 reservas de passagens para a capital federal, mas muitos tucanos não viajaram por conta da decisão.

Também foi registrada uma confusão envolvendo a deputada Mara Rocha (PSDB-AC) e auxiliares da campanha de João Doria. De saída para o PL, ela alega que foi impedida de votar pelos assessores do governador de São Paulo e que teve seu registro no aplicativo desabilitado.

Mara Rocha bateu boca com o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, que trabalha na articulação da campanha de Doria. Em vídeo que circula na internet, a deputada grita que ofereceram dinheiro para que ela votasse no governador de São Paulo. À coluna, ela disse que conseguiu votar em Leite e declarou ser “bolsonarista convicta”, mas não apresentou provas sobre a denúncia.

O deputado Alexandre Frota acusou Eduardo Leite de pagar por apoio nas prévias, o que o governador negou.

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