PSDB dá pouca importância para aliado emedebista que disputa o Senado
O PSDB de São Paulo não tem se engajado com afinco na candidatura do emedebista Edson Aparecido, que integra a chapa de Rodrigo Garcia
atualizado
Compartilhar notícia
O PSDB de São Paulo tirou o corpo e preferiu não se engajar com afinco na candidatura ao Senado do emedebista Edson Aparecido, que compõe chapa com o governador Rodrigo Garcia na eleição estadual.
Os tucanos estão com receio de que o MDB fique fortalecido a ponto de transformar o PSDB numa linha auxiliar em São Paulo. A situação pioraria se Garcia não conseguisse se reeleger.
Aparecido é ex-secretário municipal de Saúde e foi a escolha do prefeito de São Paulo, o emedebista Ricardo Nunes, para a vice de Garcia. O União Brasil ganhou a queda de braço com Nunes e emplacou o deputado Geninho Zuliani como o vice.
A campanha de Aparecido agora carece de estrutura porque o emedebista tentou se cacifar como vice até os últimos dias da pré-campanha.
O afastamento do PSDB tem como pano de fundo a disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024. A depender da performance de Garcia e dos deputados tucanos no estado, Nunes seria o favorito para concorrer à reeleição contra o psolista Guilherme Boulos, que deve se eleger deputado federal com votação expressiva.
Se o PSDB ficar sem o governo do estado, a vitória de um tucano na eleição municipal de São Paulo viraria a tábua de salvação para o partido.
Na semana passada, a Prefeitura convocou vereadores da base de Nunes para um café em um hotel no centro de São Paulo. No encontro, os vereadores ouviram um pedido para participarem da campanha de Aparecido, com convites para agendas conjuntas. Dos sete vereadores tucanos, apenas quatro estiveram no local, e nenhum levou o pedido a sério.
A pesquisa do Ipec divulgada no último dia 7 mostrou que Márcio França (PSB) lidera a disputa para o Senado em São Paulo, com 31% das intenções de voto. Aparecido está com 3%, empatado em quinto lugar com Ricardo Mellão (Novo).