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Partido de Gilberto Kassab, o PSD é visto como fiel da balança na composição de forças da CPI do MEC. A legenda, que tem em seus quadros governistas e opositores, terá direito a fazer duas indicações para a comissão parlamentar de inquérito.
Caso a sigla indique dois senadores oposicionistas, como fez na CPI da Covid, a oposição ficaria em vantagem, com 7 a 4 nas votações. Se o PSD indicar um governista e um opositor, a composição ficaria em 6 a 5 para a oposição. E, se o PSD indicar dois governistas, ficaria em 6 a 5 a favor do Planalto.
Nos últimos dias, Kassab se aproximou de Tarcísio de Freitas, candidato de Bolsonaro ao governo de São Paulo, mas tem mostrado propensão à neutralidade na eleição presidencial. Os mais cotados para assumirem as vagas do partido na CPI são Daniella Ribeiro, da Paraíba, e Carlos Fávaro, do Mato Grosso. Daniella Ribeiro tem mantido postura crítica ao governo em relação ao MEC; Fávaro possui boa relação com o Planalto e Flávio Bolsonaro.
Na CPI da Covid, o PSD indicou os senadores Omar Aziz e Otto Alencar, de oposição, que ficarão fora da CPI do MEC por disputarem a reeleição este ano.
As outras legendas de oposição que terão direito a fazer indicações são MDB (2), PSDB (1), PT (1) e a minoria (1).
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Recentemente, um áudio em que Milton Ribeiro afirma priorizar repasses da Educação a determinadas prefeituras a pedido do presidente Bolsonaro ganhou o noticiário. Apesar de, logo em seguida, negar a existência de irregularidades bem como o envolvimento de Bolsonaro, Ribeiro passou a ser objeto de pedidos de investigação
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“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em conversa gravada. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, declarou o ex-ministro
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Ministério da Educação (MEC)
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No meio do suposto esquema de propina estão os pastores Gilmar Santos, Arilton Moura e o agora ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. De acordo com a denúncia, Santos e Moura, que não têm cargos públicos, controlavam a agenda de Ribeiro e atendiam às demandas de prefeituras que pagavam propina para conseguir a liberação de recursos
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A manobra ocorria da seguinte forma: os pastores participavam de agendas da pasta acompanhados de dezenas de prefeitos e exigiam pagamentos entre R$ 15 e R$ 40 mil para liberar o repasse de verbas. Vários municípios cujos prefeitos participavam das reuniões, conseguiam as verbas semanas depois
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No fim de março, dias após a mídia noticiar o suposto esquema, Gilberto Braga (PSDB), prefeito de Luís Domingues (MA), afirmou que Moura cobrou R$ 15 mil, mais um quilo de ouro, para dar andamento às demandas da prefeitura
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Pouco tempo depois, outras denúncias começaram a surgir. Dessa vez, o prefeito de Bonfinópolis (GO), Kelton Pinheiro, revelou que Arilton Moura pediu R$ 15 mil, além de compras de Bíblias, para “ajudar na construção da igreja”
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O prefeito de Bonfinópolis, revelou ainda que os envolvidos chegaram a oferecer abatimento de 50% na propina para liberação de verbas para escolas. Segundo ele, os valores eram fixados de acordo com o grau de proximidade. Caso fossem “conhecidos” de alguns dos pastores, o valor da propina era apresentado “com desconto”
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Ministério da Educação
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Agora, a Comissão de Educação do Senado Federal ouviu prefeitos que testemunharam o suposto esquema de favorecimento e o presidente do colegiado, Marcelo Castro (MDB-PI), pediu cautela antes de defender que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
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Segundo Castro, a comissão quer “cumprir algumas etapas” antes de proceder com a defesa de uma CPI para apurar os episódios envolvendo a pasta
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Entre elas, estão a realização de oitivas com o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte, além do ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga, Milton Ribeiro, e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, acusados de atuar como lobistas no ministério
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Segundo o jornal O Globo, os pastores perceberam as portas do Executivo abertas muito antes de Ribeiro assumir o MEC. Eles, na verdade, se envolveram com o governo Bolsonaro graças ao deputado João Campos (Republicanos), que é pastor da Assembleia de Deus. A partir disso, se aproximaram do atual presidente e conquistaram espaço