PSD do Senado entra em guerra após dissidência a favor de Marinho
Nelsinho Trad, ex-líder do partido de Pacheco, declarou voto em Marinho
atualizado
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A bancada do PSD, partido com três ministérios no governo Lula, entrou em guerra interna após dois de seus 15 parlamentares declararem voto em Rogério Marinho, candidato bolsonarista, para a presidência do Senado.
Rodrigo Pacheco, atual presidente da Casa Alta, candidato do governo à Presidência e senador de Minas Gerais, é filiado ao partido, e o diagnóstico de seus aliados é de que a declaração de voto de senadores do PSD em Marinho enfraquece sua candidatura.
Lucas Barreto, do Amapá, e Nelsinho Trad, do Mato Grosso do Sul, são os dissidentes na legenda de Gilberto Kassab que devem votar em Marinho.
Nesta terça-feira, a ala governista do partido se revoltou contra os dois, especialmente com Nelsinho, que era líder da bancada até três dias atrás.
O comentário é de que Nelsinho está cedendo à pressão de um eleitorado bolsonarista cada vez mais enxuto em seu estado e que, dessa forma, não tem como ficar na sigla.
Otto Alencar, o novo líder, senador do PSD da Bahia, nega que Nelsinho tenha perdido a liderança no Senado por ter aderido à candidatura de Marinho.
Segundo ele, Nelsinho ficou na liderança por dois anos e já era previsto que sairia. Ele diz ter coletado 14 assinaturas na lista de apoio para se tornar líder — todos os senadores do PSD, exceto Lucas Barreto.
Alencar põe panos quentes na briga e diz que é normal haver dissidentes. “Nós temos 15 senadores e senadoras, e a dissidência é do Nelsinho e do Lucas. Eu respeito a dissidência, respeito aqueles que têm divergência”, disse à coluna.