PSB quer plano de Lula sem menção a aborto e regulação da mídia
Partido de Alckmin escalou nome para acompanhar confecção do programa que, espera, seja “amplo” e atenda a diversidade das forças da aliança
atualizado
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Partido de Geraldo Alckmin, vice na chapa de Lula à Presidência, o PSB quer que o programa de governo a ser apresentado pelo PT seja “amplo” e passe longe de alguns temas que desagradam ao eleitor conservador, como a legalização do aborto e a regulação da mídia.
A avaliação da cúpula do PSB é que, após conversar com os partidos do arco de aliança, Lula entendeu que deve fazer gestos ao eleitor conservador — e não só ao progressista. Prosseguir na defesa dessas duas bandeiras, disse um importante dirigente pessebista, seria “suicídio político”.
Um reflexo de que o ex-presidente teria mudado de postura seria o tom mais ameno adotado pelo petista já no discurso de sábado, durante o lançamento da candidatura ao Planalto.
O PSB escalou o ex-deputado federal Domingos Leonelli, filiado à legenda desde 1997, para ser o interlocutor da legenda junto a Aloizio Mercadante, que está à frente da formulação do programa de governo do PT.
A caminhada rumo ao centro nos discursos de Lula é aguardada também pela ala do MDB simpática ao petista. Para esses emedebistas, isso ajudaria na eventual consolidação de uma aliança com o PT.