Projetos contra áreas de conservação preocupam bancada ambientalista
Barrar o avanço dos projetos é prioritário para ambientalistas no Congresso e para integrantes do Ministério do Meio Ambiente
atualizado
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A bancada ambientalista no Congresso Nacional tem como prioridade, neste ano, barrar o avanço de projetos de lei para flexibilizar a exploração agrícola de áreas hoje consideradas protegidas.
Há duas frentes em que a bancada ruralista tenta avançar: projetos que diminuem unidades de conservação e na permissão para explorar os chamados campos de altitude, regiões montanhosas essenciais para a proteção dos biomas.
Os dois temas são também motivo de preocupação de integrantes do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama do governo Lula.
Um levantamento da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação mostrou, no ano passado, que havia 19 projetos de lei tramitando no Congresso Nacional para redução ou extinção de unidades de conservação.
Sobre campos de altitude, há um projeto de autoria do deputado Alceu Moreira, do MDB do Rio Grande do Sul, que permite a exploração dessa região na mata atlântica. Produtores rurais se queixam de operações do Ibama contra o desmate nesses locais.
O projeto passou pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados no final do ano passado e aguarda apreciação na Comissão de Constituição e Justiça.
O texto aprovado na Comissão de Meio Ambiente em novembro avança em relação ao projeto original e flexibiliza o controle dos campos de altitude nos biomas Cerrado, Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.