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Produtora de filmes bolsonarista usa vídeos da Globo sem licenciamento

A Brasil Paralelo exibe produções em um serviço pago de streaming com trechos não licenciados de programas da TV Globo

atualizado

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Reprodução/Brasil Paralelo
Logo da produtora bolsonarista Brasil Paralelo
1 de 1 Logo da produtora bolsonarista Brasil Paralelo - Foto: Reprodução/Brasil Paralelo

A produtora Brasil Paralelo, de viés bolsonarista, usa trechos não licenciados de programas da TV Globo em diversos filmes disponibilizados na internet.

As produções da Brasil Paralelo são exibidas em um serviço próprio de streaming, com planos de assinatura que variam de R$ 10 a R$ 59 mensais.

São comuns trechos de programas jornalísticos da Globo e de outras emissoras aparecerem nos materiais da Brasil Paralelo. Também constam imagens da Band, da Record, do SBT e até da BBC News em produções do streaming.

Um documentário que insinua que o PT estava envolvido no assassinato do ex-prefeito Celso Daniel contém trechos de uma entrevista do programa de Jô Soares, por exemplo. A produção faz parte da série “Investigação paralela”, que usa imagens de arquivo do Jornal Nacional e do Fantástico em diversos episódios.

Trechos de programas da Globo também aparecem nos documentários “Donos da verdade”, “Teatro das tesouras”, “7 denúncias: as consequências do caso Covid-19” e “Congresso Brasil Paralelo”.

A produtora postou no YouTube um teaser para a série “Entre lobos”, que trata de segurança pública, com imagens dos programas “Sob pressão” e “Encontro”. O teaser foi intitulado: “Afinal, a mídia brasileira defende os bandidos?”.

Os valores gastos pela Brasil Paralelo com anúncios nas redes sociais mostram o poderio financeiro da produtora. No Facebook, a empresa investiu mais de R$ 11 milhões para impulsionar 42.864 propagandas desde agosto de 2018. Ela é disparada a maior anunciante na rede social neste período — o WhatsApp, segundo colocado, pagou R$ 4,3 milhões.

A produtora também gastou R$ 402 mil para promover anúncios políticos no Google desde 17 de novembro do ano passado. O valor só é inferior ao que foi gasto pelo PL, o partido de Bolsonaro, e pelo PSDB.

A Globo não quis se manifestar sobre o caso.

A coluna não obteve retorno da Brasil Paralelo. O espaço está aberto para manifestações.

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metropoles.comGuilherme Amado

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