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Procuradoria da Alesp defende sequência de ação contra Arthur do Val

Arthur do Val argumentava que o processo de cassação havia perdido validade com a renúncia ao mandato de deputado estadual por São Paulo

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José Antonio Teixeira/Alesp
O deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei. Ele tem cabelos pretos, barba e usa roupa escura- Metrópoles
1 de 1 O deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei. Ele tem cabelos pretos, barba e usa roupa escura- Metrópoles - Foto: José Antonio Teixeira/Alesp

A Procuradoria da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) emitiu um parecer nesta quarta-feira (27/4) dizendo que o processo de cassação contra Arthur do Val deve continuar mesmo com a renúncia ao mandato.

Do Val havia protocolado na segunda-feira (26/4) um pedido para suspender a tramitação do processo. Ele alega que a cassação perdeu a validade após a sua renúncia ao cargo de deputado estadual.

A Procuradoria entendeu que a renúncia não invalida a decisão da Comissão de Ética da Alesp, que aprovou o pedido para cassar o mandato de Do Val, e defendeu a continuidade dos ritos na Assembleia.

Com o parecer em mãos, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) marcou uma reunião para a próxima terça-feira (3/5) para analisar os aspectos legais e constitucionais do processo de cassação.

Do Val renunciou ao mandato para tentar escapar de uma punição referente ao vazamento de áudios sexistas sobre refugiadas ucranianas. Se for cassado, o ex-deputado ficará inelegível por oito anos.

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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil
Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL
Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla
Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos
No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu
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Arthur Moledo do Val, nascido em 1986, é um deputado, empresário e youtuber brasileiro. Natural de São Paulo, fez parte do Movimento Brasil Livre (MBL) e já foi filiado ao Democratas (DEM), Patriota e ao Podemos (PODE). Atualmente está filiado ao União Brasil

Reprodução/Instagram
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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil

Arquivo pessoal
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Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos

Fábio Vieira/Metrópoles
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No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu

Fábio Vieira/Metrópoles
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Segundo eles, o objetivo do grupo na Ucrânia era conversar com pessoas que estão enfrentando a guerra. Renan afirmou que o convite foi feito a eles por ativistas que participaram dos protestos ucranianos de 2014, batizados de Euromaidan

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Contudo, dias após chegarem ao país europeu, Arthur do Val teve áudios vazados com comentários machistas e sexistas contra policiais e refugiadas ucranianas. Em um deles, o deputado utiliza termos escatológicos, afirmando que as mulheres são “fáceis, porque são pobres” e que “eram minas que se ela cagar você limpa o cu delas com a língua”

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A repercussão negativa dos comentários de Arthur fez com que ele declinasse da disputa pelo estado de São Paulo e se desligasse do Podemos. Além disso, a ação do deputado ainda lhe rendeu uma série de comentários negativos no Brasil e no Mundo. Apesar disso, logo após as falas sexistas, Arthur do Val se filiou ao União Brasil

Rafaela Felicciano/metrópoles
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O deputado pediu desculpas e disse estar “repleto de problemas pessoais” após o vazamento dos áudios. “Envergonhei minha mãe, minhas tias, minha sobrinha e perdi minha namorada", afirmou

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No entanto, essa não é a primeira vez que o político se envolveu em polêmicas. Em 2016, Arthur foi acusado de assediar uma jovem de 17 anos. Em 2018, causou repulsa ao falar que não era a Patrícia Pillar, após Ciro Gomes bater na cabeça dele. Em 2020, foi condenado pela Justiça por ataques ao Padre Júlio Lancelloti, entre outras

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Além da desfiliação ao Podemos, o deputado comunicou que não integrará mais o MBL. Ele também enviou uma carta aos gabinetes de todos os colegas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pedindo para não ter o mandato cassado. Contudo, o processo de cassação foi aprovado e será votação em breve

Reprodução/Instagram
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No fim de abril, no entanto, Arthur do Val renunciou a seu mandato como deputado estadual em São Paulo. Em nota, Arthur explicou a decisão: “Sem o mandato, os deputados agora serão obrigados a discutir apenas os meus direitos políticos, e vai ficar claro que eles querem na verdade é me tirar das próximas eleições”, disse

Fábio Vieira/Metrópoles
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Apesar disso, a renúncia do deputado não o fará escapar do processo de cassação do qual é alvo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Parlamentares garantem que o pedido de cassação de Mamãe Falei será votado no plenário da Casa. Caso a Alesp confirme a expectativa e casse o mandato do deputado, o youtuber ficará inelegível pelos próximos oito anos

José Antonio Teixeira/Alesp

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