PRF já gastou R$ 31 milhões com centro de formação em Santa Catarina
Aluguel do prédio foi renovado por mais um ano enquanto atual gestão estuda uma maneira de transferir o centro para Brasília
atualizado
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O aluguel do prédio onde funciona o centro de formação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Florianópolis, já custou R$ 31 milhões à União desde 2014, quando o contrato teve início.
O aluguel expirava em fevereiro deste ano, mas foi renovado por mais um ano enquanto a gestão atual estuda como irá transferir a Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal (UniPRF) para Brasília.
Como mostrou a coluna, o governo Lula acredita que o contrato é caro e que a formação de policiais rodoviários deve ocorrer em Brasília, como é feito em outros órgãos do Executivo. Ainda assim, o aluguel foi renovado enquanto não há definição de onde será a nova sede.
O ex-diretor geral da PRF Silvinei Vasques era superintendente do órgão em Santa Catarina em 2014, no governo Dilma, quando foi firmado o contrato.
Vasques é investigado pela Polícia Federal (PF) pelas barreiras da polícia no segundo turno das eleições de 2022 e pela suspeita de negligência em relação a bloqueios realizados por bolsonaristas em rodovias.
A dona do prédio é a empresa Gomes Participações Societárias Ltda. Os sócios são César Gomes Junior, Valério Gomes Neto, Eleonora Ramos Gomes e Eduardo Ramos Gomes. Eles são donos e gestores da empresa de porcelanato e cerâmica Portobello, entre outros empreendimentos.
O aluguel pago pela UniPRF nos últimos anos ficou entre R$ 250 mil e R$ 300 mil mensais.