Presidente petista da Alerj dá ultimato a Freixo: “ou você ou Molon”
O deputado André Ceciliano, presidente da Assembleia do Rio de Janeiro, deu um ultimato a Marcelo Freixo
atualizado
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O deputado André Ceciliano, presidente da Assembleia do Rio de Janeiro, deu um ultimato a Marcelo Freixo, pré-candidato ao governo do Rio, para que ele decida internamente com o PSB se ele de fato quer o apoio do PT para sua candidatura. Ceciliano, que vai lançar-se candidato ao Senado em 30 de abril, disse a Freixo que não será possível o PT apoiar duas candidaturas majoritárias do PSB. “Ou você ou o Molon“, disse.
Em resposta, Freixo disse a Ceciliano que caberia ao petista fazer um gesto e se lançar. O ato será na casa de shows Via Show, na Baixada Fluminense. O presidente da Alerj está planejando levar até 70 prefeitos para o ato, além de 60 deputados, entre estaduais e federais, em seu apoio. Nas pesquisas, porém, ele ainda está bem abaixo de Molon, que aparece na maioria dos levantamentos como o segundo colocado, atrás apenas de Romário, candidato de Bolsonaro à reeleição.
Freixo também está bem colocado na pesquisa para governador, o que dificulta que o critério de viabilidade eleitoral seja usado para que se decida qual dos dois do PSB seguirá na disputa. Publicamente, Freixo não tem falado em defesa da candidatura do aliado, mas Molon, sim, afirmando que os dois devem seguir com a candidatura.
Carlos Siqueira, presidente do PSB, também defende este cenário. Em atrito com Freixo, a quem chegou a chamar de “um infiltrado do PT” no partido, Siqueira tem ótima relação com Molon, e sinalizou isso publicamente ao postar recentemente uma foto nas redes sociais apontando para o deputado e sorrindo. A imagem foi vista como um recado de que, entre ele e Freixo, fica com o primeiro.
Há um agravante para Freixo. Molon é presidente do PSB no estado do Rio e tem o controle do diretório estadual. Portanto, a última palavra sobre quem serão os candidatos é ele.
O gesto de Ceciliano foi visto com reservas no PSB. Na campanha de Freixo, suspeita-se de que ele queira, no fundo, lançar-se ao governo do estado, e a pressão seria para conseguir tirar o apoio do PT. O tamanho do lançamento que ele planeja, observa um aliado, parece mais com o de uma candidatura ao governo do estado do que de senador. O presidente da Alerj, entretanto, sustenta que será candidato ao Senado.