Presidente do PTB diz à polícia que foi ameaçada por adversários
Graciela Nienov registrou boletim de ocorrência contra correligionários; no fim de semana, Roberto Jefferson cobrou sua demissão
atualizado
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A presidente do PTB, Graciela Nienov, registrou nesta segunda-feira (31/1) um boletim de ocorrência alegando ter sofrido ameaça de adversários do próprio partido. Poucas horas depois da queixa, policiais militares foram à sede do PTB em Brasília. A crise interna do PTB começou no fim de semana, quando Roberto Jefferson, presidente de honra da legenda, acusou Nienov de deslealdade e cobrou a demissão de sua afilhada política que lhe visitava na prisão até o mês passado.
Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, Graciela Nienov afirmou que se sentiu intimidada por mensagens de correligionários no WhatsApp. As conversas foram enviadas à polícia. Em uma delas, como a coluna mostrou nesta terça-feira (1/2), o ex-secretário de Planejamento do PTB Mauro Rogério chamou Nienov e aliados de “comparsas”. “Não passarão”, seguiu Rogério.
Segundo Nienov, essas mensagens intimidatórias tinham o objetivo de fazê-la renunciar à presidência do PTB e vieram à tona por causa de uma disputa partidária. Além de Mauro Rogério, Nienov acusou um petebista conhecido como Beto, da Fundação Ivete Vargas, e Gustavo Cunha, secretário Jurídico do partido, de participarem dessas supostas intimidações.
Nienov foi acompanhada à delegacia por dois aliados: Jeferson Alves, secretário nacional do partido, e Rodrigo Santana, secretário de Finanças. Ambos estão nos cargos desde 30 de novembro, quando Jefferson indicou formalmente Graciela Nienov para ser sua sucessora no comando do partido.
Depois que Nienov e aliados acionaram a Polícia Civil do Distrito Federal, o grupo afirmou que temia por sua integridade física na sede da sigla em Brasília. Em seguida, a Polícia Militar foi ao prédio do partido.