Presidente do PRTB de Marçal foi acusado de roubar R$ 4 mi em bitcoins
Presidente do partido de Marçal foi acusado de roubar R$ 4 milhões em bitcoins de um policial civil do DF em 2020
atualizado
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O presidente do PRTB de Pablo Marçal, Leonardo Avalanche, foi acusado na Justiça do Distrito Federal, em março deste ano, de roubar 14.5 bitcoins do policial civil Bruno Pires. As bitcoins supostamente roubadas por Avalanche equivalem a R$ 4 milhões, segundo cotação da época da apresentação da ação. Na cotação de quarta-feira (27/8), o valor seria de R$ 4,6 milhões.
Pires alegou à Justiça que, quando conheceu Avalanche, em 2020, ele prometeu ganhos “com rendimentos acima do mercado”, mediante a compra de bitcoins. O presidente do PRTB, então, pediu que Pires lhe transferisse 15 bitcoins. Uma parte das criptomoedas — 14.4 bitcoins — foi repassada para o operador financeiro de Avalanche, e o restante — 0.6 bitcoin — ficou com o presidente do PRTB, segundo a ação.
O policial disse ainda à Justiça que “desconfiou estar sendo vítima do crime de estelionato”, mas que Avalanche “prometia, de forma constante”, que não iria perder o valor investido.
Ainda de acordo com o relato de Pires, o presidente do PRTB garantia que ele teria retorno financeiro. Avalanche atribuía a demora a uma determinada plataforma em que as criptomoedas estariam sendo operadas.
Na ação, Pires pediu indenização de R$ 4 milhões, uma média do valor investido em bitcoins e convertido para real na cotação da época da apresentação da ação. O policial requereu também que a Justiça bloqueasse os bens de Avalanche.
O caso estava em tramitação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) até 10 de julho deste ano, mas foi arquivado devido à perda de um prazo pela defesa de Pires. Avalanche também não foi encontrado pelo oficial de justiça para se manifestar no processo.
Além da acusação de roubo de bitcoins, pairam sobre o presidente do PRTB suspeitas de ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Um áudio revelado pelo repórter Cézar Feitosa mostra Avalanche dizendo a um correligionário que mantém vínculos com integrantes da facção criminosa paulista.
Procurado por meio da assessoria de imprensa do PRTB, Avalanche não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto para manifestações.
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