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Presidente do Podemos: ministros do STF ameaçaram candidatura de Moro

Em jantar com empresários, a presidente do Podemos, Renata Abreu, disse, sem dar nomes, que ministros querem barrar a candidatura de Moro

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19/03/2020 Sergio Moro - Pronunciamento à imprensa e assinatura do projeto de lei que cria um comitê nacional dos órgãos de Justiça no combate ao coronavírus
1 de 1 19/03/2020 Sergio Moro - Pronunciamento à imprensa e assinatura do projeto de lei que cria um comitê nacional dos órgãos de Justiça no combate ao coronavírus - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A presidente do Podemos, deputada Renata Abreu, afirmou na segunda-feira (31/1) em um jantar com empresários que ministros do STF participam de uma mobilização para ameaçar a candidatura de Sergio Moro à Presidência.

“Eu estou trabalhando muito nas alianças, sabendo que não é fácil. Não é por incompetência. É porque existe uma mobilização de ex-presidente, do atual presidente e do STF, que ameaça mesmo (a candidatura)”, disse Renata Abreu.

A deputada admitiu que encontrou o futuro presidente do União Brasil, Luciano Bivar, para discutir a ida de Moro ao partido, mas que abdicou da ideia por não ter sentido, da parte de Bivar, segurança de que haverá de fato apoio a Moro. E neste momento Renata Abreu voltou a dizer que a ação de ministros do Supremo poderia inviabilizar a candidatura do ex-juiz.

“Você não sabe o que vai acontecer numa convenção. Se tem um ministro do Supremo que liga para aquele cara (integrantes do União Brasil) e diz que precisa do seu voto contrário”, disse.

A coluna mostrou em dezembro que um ministro do STF procurou alguns dos envolvidos nas negociações entre o União Brasil e o Podemos para apresentar fortes argumentos contrários à chapa. O ministro em questão conversou diretamente com a cúpula do futuro União Brasil.

Renata Abreu falou por mais de uma hora para cerca de 30 empresários que estiveram na casa de Karim Miskulin, a CEO do Grupo Voto, em São Paulo. Entre outros temas relacionados à pré-candidatura de Moro, a deputada afirmou que o ex-juiz é “a única terceira via possível” para esta eleição.

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

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