O presidente do Corinthians, Augusto Melo, terá a primeira audiência no Tribunal de Justiça de São Paulo, no caso em que é acusado de misoginia por uma funcionária do clube. Ele será ouvido no dia 8 de agosto, de forma virtual.

Além dele, o conselheiro Wanderley Ferreira da Silva também será ouvido pela mesma razão.

Ambos são acusados de injúria e ameaça por terem divulgado mensagens de voz contra Cintia Monteiro, assessora da diretoria administrativa, em novembro do ano passado, quando o clube passava pelo período eleitoral.

Após ter acesso aos áudios, a mulher registrou um boletim de ocorrência contra ambos.

Em um dos áudios, Augusto Melo chegou a dizer que a mulher cobrava dinheiro para se relacionar com homens. Já Wanderley teria dito que ninguém pagaria para se relacionar com ela.

“A Cintia, eu vou pegar ela, e deixa que eu vou falar aqui que ela cobra dinheiro para dar a buc*** aqui para os velhos aqui, deixa ela, eu vou catar ela aqui, vou acabar com ela aqui”, disse o atual presidente do clube na mensagem.

Augusto Melo admitiu ser o autor da mensagem, reconheceu que não deveria ter usado os termos que utilizou, mas classificou a revolta de Cintia como uma ação eleitoreira.

O caso foi parar na CPI da Violência e Assédio Sexual, que aconteceu na Câmara de Vereadores de São Paulo, onde Cintia foi ouvida.

“O áudio, quando escutei, escroto, misógino e machista. Automaticamente fiquei decepcionada, comecei a chorar e fui atrás da minha família verificar o que estava acontecendo. Quando escutei o áudio não tive dúvida nenhuma que era ele, porque conheço bem a voz dele”, disse aos vereadores.

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