Presidente do Banco do Brasil publica foto em apoio a Anielle Franco
Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil: “Um abraço gigante e forte como você, Anielle Franco”
atualizado
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A presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, manifestou nesta sexta-feira (6/9) apoio à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, uma das supostas vítimas de assédio sexual pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, como revelou a coluna na quinta-feira (5/9). Almeida foi denunciado à organização Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres.
“Seguimos juntas. Um abraço gigante e forte como você, Anielle Franco”, escreveu a presidente do BB no Instagram, ao lado de uma foto em que abraça a ministra. Em julho, Medeiros foi ao casamento de Anielle, em uma cerimônia mais reservada. Medeiros e Anielle são próximas à primeira-dama Rosângela da Silva, que na véspera publicou uma foto abraçando e beijando a ministra da Igualdade Racial.
Procurado, o Banco do Brasil não comentou.
Como revelou a coluna na quinta-feira (5/9), Silvio Almeida foi denunciado ao Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. O Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou à coluna ter sido procurado por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro. A coluna contatou a organização após receber denúncias de suposta prática de assédio sexual por Silvio Almeida contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de outras mulheres. Anielle não quis comentar os relatos sobre o suposto assédio contra ela. Procurado, Almeida não respondeu à coluna. Depois da publicação da reportagem, o ministro negou qualquer irregularidade.
A coluna apurou com 14 pessoas, entre ministros, assessores do governo e amigos de Anielle Franco, como teriam ocorrido os supostos episódios de assédio a Anielle, que incluiriam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a Anielle expressões chulas, com conteúdo sexual. Todos os episódios teriam ocorrido no ano passado.
Lula quer que Silvio Almeida peça demissão do cargo e avalia que Almeida deve fazer sua defesa fora do ministério, para não comprometer a política de direitos humanos ou tornar do governo uma crise que é do ministro.
Nesta sexta-feira, disse o presidente à Rádio Difusora Goiana: “Vamos ter que apurar corretamente, mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”.