Vídeo: prefeita faz ataque capacitista a adversário: “não tem olho”

A prefeita de Morro do Chapéu, no interior da Bahia, fez ataques preconceituosos e capacitistas a um adversário político ao discursar em um evento na cidade, na semana passada.

Ao se filiar ao PDT, na última quinta-feira (21/3), a prefeita Juliana Araújo rebateu críticas à sua gestão feitas pelo ex-prefeito Cleová Barreto, do PSD, e disse que ele não reconhece o trabalho da prefeitura porque “não tem um olho para enxergar”.

Barreto, de 66 anos, perdeu a visão do olho esquerdo aos 14, quando sofreu um acidente na colheita de mandioca, na zona rural do município. O pai dele acertou seu olho acidentalmente com um facão. Há dois anos, diante de complicações, ele retirou o globo ocular e implantou uma prótese.

“Esse ex-prefeito disse que eu não estou fazendo nada. Realmente, ele não tem um olho para enxergar, não deve estar enxergando o que está acontecendo em Morro do Chapéu”, disse Juliana (veja o vídeo abaixo), que deve ter Cleová Barreto como adversário na eleição municipal deste ano.

À coluna, o ex-prefeito classificou as declarações da pedetista como “infelizes”. “Ela foi infeliz, porque não sabe da minha história, sou deficiente ocular. Um ato pejorativo, de preconceito, que fere a lei”.

Em uma transmissão no Instagram nesta terça-feira (26/3), Juliana Araújo afirmou que as críticas que tem sofrido pelas declarações preconceituosas são “factoides” para atingir sua honra e sua família e “politicagem” da oposição. A prefeita ainda acusou Barreto de se valer da deficiência para conseguir ganhos políticos.

“Querem menosprezar minha imagem, dizendo que estou discriminando as pessoas. Não discriminei e não vou discriminar. Peço desculpas a quem se sentiu ofendido, mas falei de uma pessoa. Ele utiliza essa deficiência dele ao bel prazer dele. Quando é interessante pedir voto com essa deficiência, ótimo, e tenho várias provas disso. Mas quando é interessante me diminuir para querer queimar minha imagem, criar mais factoides e ficar nessa hipocrisia da oposição… Porque não pode falar de trabalho, de corrupção, então tem que inventar”, disse.