Prédio da Funasa fica sem água e servidores são dispensados
Após a extinção oficial da fundação, órgão está sem orçamento, mas Ministério das Cidades ainda não definiu reestruturação
atualizado
Compartilhar notícia
Sem orçamento, mas ainda sem uma reestruturação definida pelo governo, servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foram surpreendidos nesta segunda-feira (13/1) por um aviso de que o órgão não consegue comprar água mineral para seus funcionários e, por isso, todos estão dispensados para “home office”.
A Funasa teve seu orçamento extinto oficialmente em 6 de março, mas os servidores ainda não foram remanejados para outros órgãos, como planeja fazer o governo federal.
Por isso, eles continuam trabalhando na estrutura antiga — mas a fundação deixou de ter poder para fazer novas contratações ou empenhos (autorizações para pagamento).
A presidente em exercício da Funasa, Elvira Medeiros Lyra, encaminhou, já em 6 de março, um ofício ao Ministério das Cidades em que manifesta preocupação com o fornecimento de galões de água mineral e com o contrato de limpeza, que se encerra em 10 de abril.
Em resposta, a pasta das Cidades disse que nenhum contrato deveria ter continuidade até “posterior deliberação deste Ministério das Cidades”, mas não disse como o órgão deveria proceder em relação aos gastos urgentes para o prédio (leia aqui o documento).
Depois disso, “inúmeras trocas de mensagens via e-mail e WhatsApp vêm sendo utilizadas na tentativa de resolver o problema”, diz Elvira Medeiros Lyra em email aos funcionários nesta segunda-feira (13/1) em que os dispensa do trabalho presencial.
“Considerando, até o presente momento, não haver qualquer sinalização de que retorne o urgente fornecimento de água potável para o edifício sede da Presidência da Funasa, dispensamos os servidores para que executem suas atividades remotamente, no dia de hoje, 13 de março de 2023, sem impactos no registro de frequência.”
Procurado, o Ministério das Cidades disse que recebeu da Funasa as especificações do contrato do fornecimento de água mineral e de limpeza às 19h45 da última sexta-feira, 10/3, e que não houve tempo hábil para a liberação do recurso.
O ministério disse ainda que havia questionado a Funasa sobre essas informações no dia 9/3.