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Pré-candidato bolsonarista no Rio é investigado por ameaçar indígenas

Deputado Rodrigo Amorim foi acusado de entrar na Aldeia Indígena do Maracanã com homens armados e ameaçar indígenas do local; ele nega

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Foto: Adriana Cruz/Metrópoles
Deputado Rodrigo Amorim defense homenagem à Marielle Franco
1 de 1 Deputado Rodrigo Amorim defense homenagem à Marielle Franco - Foto: Foto: Adriana Cruz/Metrópoles

O pré-candidato do União Brasil à prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado estadual Rodrigo Amorim, é investigado pela Polícia Civil do estado por supostamente ter ameaçado indígenas da Aldeia Maracanã no último dia 2.

O cacique da Aldeia do Maracanã, Uratau Guajajara, acionou a Polícia Civil ainda em 2 de julho. No boletim de ocorrência, Guajajara afirmou que Amorim foi ao local com sete homens armados e ameaçou os indígenas que moram na aldeia. O deputado disse, segundo Guajajara, que removeria a população “à força” e “na porrada”. Amorim negou à coluna que os homens que o acompanhavam estivessem armados e disse que não ameaçou e tampouco ofendeu os indígenas do local (leia o posicionamento do parlamentar ao fim da reportagem).

Uma das testemunhas da apuração, Tamykuam Pataxó, confirmou os relatos de Guajajara e disse que o deputado “parecia ter ódio dos moradores da aldeia”. A companheira do cacique disse também que Amorim gravou o momento em que esteve no local e ameaçou os indígenas.

Tamykuam Pataxó também contou aos policiais que sente sua vida ameaçada porque já viu “carros pretos com vidros escuros seguindo-a e rondando a aldeia”.

Esta não foi a primeira vez que Amorim ofendeu e intimidou os indígenas da Aldeia Maracanã. Em 2019, o deputado disse que o local era um “lixo urbano” e mandou quem gosta de “índio” ir para a Bolívia. A declaração foi dada na Assembleia Legislativa Estadual do Rio de Janeiro (Alerj).

“Aquele lixo urbano chamado Aldeia Maracanã é um absurdo. E é logo em um dos trechos mais importantes sob o ponto de vista logístico, numa área que liga a Zona Norte à Zona Sul, bem do lado do Maracanã. O espaço poderia servir como estacionamento, shopping, área de lazer ou equipamento acessório do próprio estádio do Maracanã. Como carioca, me causa indignação ver aquilo do jeito que está hoje. Quem gosta de índio, que vá para a Bolívia, que, além de ser comunista, ainda é presidida por um índio”, disse Amorim na época. Na campanha de 2022, o bolsonarista convocou uma motociata em frente à Aldeia Maracanã.

Procurado, Rodrigo Amorim disse que foi vítima de uma “denúncia caluniosa” à Polícia Civil e que vai procurar voluntariamente a delegacia encarregada do caso na próxima segunda-feira (29/7). Amorim negou qualquer ameaça ou ofensa.

O deputado disse que não entrou na aldeia em 2 de julho e que foi hostilizado pelos indígenas quando chegou ao local. Também rechaçou que houvesse alguém armado. Segundo Amorim, ele foi à Aldeia Maracanã para basear um projeto de lei que prevê a remoção da comunidade tradicional. A proposta foi apresentada em junho na Alerj.

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