PP acena para as polícias a fim de recuperar a bancada em São Paulo
PP perdeu dois deputados paulistas na janela partidária, mas investirá em egressos das forças de segurança para recuperar espaço na Câmara
atualizado
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Três egressos das forças de segurança de São Paulo são as apostas do PP para recuperar o espaço da bancada paulista na Câmara dos Deputados. O partido espera que os deputados estaduais Coronel Telhada e Delegado Bruno Lima e o neófito Delegado da Cunha atinjam votação capaz de puxar outros três candidatos na eleição.
A meta de chegar a seis deputados foi estipulada após a ala paulista do PP sair desfalcada da janela partidária. A sigla perdeu dois parlamentares e ficou com apenas dois representantes na Câmara.
Ex-comandante da Rota, força de elite da Polícia Militar de São Paulo, Telhada diz que matou mais de 30 pessoas enquanto esteve na ativa. Ele teve mais de 200 mil votos nas duas vezes em que foi eleito para a Alesp.
Bruno Lima concorreu ao primeiro mandato em 2018 pelo PSL, o ex-sigla de Bolsonaro. O delegado recebeu 103 mil votos e fez da causa animal a bandeira de sua gestão.
Já o Delegado da Cunha, da Polícia Civil, ganhou fama ao publicar vídeos de operações contra o crime, mas uma investigação apontou indícios de fraude em filmagens feitas por ele. O delegado foi indiciado por usar a estrutura policial em benefício próprio.
Para suprir o desfalque na Alesp, o PP lançará Rafael Telhada como candidato. Ele é capitão da Polícia Militar e filho do Coronel Telhada. Em 2019, Rafael participou de uma ação que terminou com um suspeito morto com quatro tiros e celebrou a execução na internet. A Ouvidoria da PM viu excessos na operação.