Povos indígenas fazem carta ao STF e Congresso por direito a vida e território
Grupo está acampado, em protesto, na Esplanada dos Ministérios
atualizado
Compartilhar notícia
Cerca 700 indígenas, de 25 povos diferentes, assinaram juntos uma carta dirigida ao Judiciário e ao Legislativo em que pedem agilidade ao STF e a interrupção de projetos considerados anti-indígenas no Congresso. O grupo está acampado, em protesto, na Esplanada dos Ministérios.
As lideranças querem que o STF vote logo a demarcação de terras indígenas e que o Congresso tire de pauta projetos inconstitucionais. Um deles é o chamado PL (projeto de lei) da Grilagem, que concede anistia a grileiros e legaliza o roubo de terras indígenas, podendo gerar mais violência contra os povos nativos.
Pedem também a retirada definitiva da pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça, presidida pela deputada extremista Bia Kicis, do PL 490/2007, que ameaça anular as demarcações de terras indígenas.
O manifesto pontua também que os ataques a povos indígenas pioraram no governo Bolsonaro.
“Foi com a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República, porém, que os ataques aos direitos indígenas, sobretudo territoriais, adquiriram proporções inadmissíveis e sem precedentes”, diz o texto.
Leia a íntegra do manifesto aqui.