Pouco dinheiro faz Moro administrar conta do Podemos para doações
Sergio Moro externa preocupações diárias com o dinheiro para fazer campanha e pediu a criação de uma conta do Podemos exclusiva para doações
atualizado
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A reiterada preocupação de Sergio Moro com a falta de dinheiro no Podemos para fazer a campanha presidencial fez com que o ex-juiz desenhasse uma estratégia para arrecadar fundos ao partido.
Moro pediu para que o Podemos criasse uma conta exclusiva para receber doações para a campanha ao Planalto. A conta bancária pertence ao partido, mas quem administra o dinheiro é o próprio ex-juiz.
A legislação eleitoral só autoriza os candidatos a captarem recursos para campanhas a partir do dia 15 de maio. Por isso, as doações têm de ser feitas diretamente para o Podemos.
A coordenação da campanha de Moro estipulou como meta a doação de R$ 1 milhão por mês para a conta. A quantia ajudaria o ex-juiz a bancar as viagens que ele deseja fazer pelo Brasil quando a campanha começar.
Moro tem feito ligações para convencer conhecidos a doar dinheiro para o projeto presidencial, mas outros aliados também fazem essa função. A presidente do Podemos, Renata Abreu, disse em um jantar recente com empresários, em São Paulo, que o partido estava precisando de ajuda e que aceitava doações para levar a candidatura adiante.
A preocupação com dinheiro fez Moro cogitar, no mês passado, uma filiação ao União Brasil, que terá cerca de R$ 1 bilhão para gastar nesta eleição. A mudança de partido não deu certo, mas Moro estuda oferecer a vaga de vice ao deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil, para ter acesso aos recursos da sigla.
A campanha de Moro foi procurada para se pronunciar sobre a estratégia, mas preferiu não comentar. Questionado sobre a captação de recursos, o senador Alvaro Dias afirmou que não se envolve na situação financeira do Podemos. “Sobre esse assunto eu não conversei. Quando falam de dinheiro, eu sumo, fico longe, não quero saber disso (risos)”, disse.