Possíveis aliados? Relembre atritos e brigas entre Nunes e Marçal
Derrotado no primeiro turno, Pablo Marçal não descartou apoiar Ricardo Nunes contra Guilherme Boulos
atualizado
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Derrotado no primeiro turno em São Paulo, Pablo Marçal disse na noite desse domingo (6/10) que pode apoiar a reeleição de Ricardo Nunes no segundo turno contra Guilherme Boulos, caso o prefeito paulistano encampe algumas de suas propostas. Ao discursar após terminar a votação em primeiro lugar, de olho no eleitorado do adversário, Nunes também não descartou receber o apoio do ex-coach.
No histórico entre os dois candidatos e entre suas campanhas, no entanto, não faltaram atritos, bate-boca direto entre eles e até agressão entre assessores durante o primeiro turno.
Marçal costumava se referir a Nunes como “bananinha”, chegou a apelidá-lo de Smeagol, comparando-o fisicamente ao personagem de “O senhor dos anéis”, e já o chamou de “tchutchuca do PCC”. O candidato derrotado do PRTB também acusou o prefeito de corrupção e afirmou que familiares do emedebista receberam dinheiro produto de desvios.
Antes do debate do Flow, há duas semanas, quando os dois bateram boca diretamente, o ex-coach disse a Nunes que o prefeito seria preso em seu governo (que não existirá), a partir de 2025, tachou-o como “ladrão de merenda” e o chamou e “vagabundo”.
Pablo Marçal ainda atacou Ricardo Nunes com base no boletim de ocorrência registrado pela mulher do prefeito, Regina Carnovale Nunes, por suposta violência doméstica em 2011 — segundo assessores de Nunes, um assunto que o tira do sério. No debate promovido por UOL e Folha, Marçal questionou Nunes insistentemente sobre o assunto, enquanto o prefeito se esquivava.
Nunes, por sua vez, bateu firme em Marçal em sua propaganda eleitoral. Uma peça divulgada nos primeiros dias da campanha sugeria diversas vezes ao eleitor que pesquisasse no Google por “Pablo Marçal PCC”.
Nos debates, Nunes também chamou o ex-coach de “tchutchuca do PCC”. No bate-boca antes do debate do Flow, ao ser chamado e “ladrão” e “vagabundo”, o prefeito chamou Marçal de “condenadinho”.
No mesmo dia, ao final do debate, o produtor de vídeos de Pablo Marçal, Nahuel Medina, deu um soco no rosto do marqueteiro Duda Lima, da campanha de Ricardo Nunes. A agressão feriu Lima na região do supercílio esquerdo, onde o publicitário sangrou e teve descolamento do vítreo do olho.
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