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Portaria do Itamaraty contradiz Bolsonaro sobre visto para afegãos cristãos

O presidente disse na ONU que vistos humanitários seriam concedidos a “cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos”

atualizado

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O presidente Jair Bolsonaro durante a abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro durante a abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas - Foto: Alan Santos/PR

Jair Bolsonaro disse na ONU que vistos humanitários seriam concedidos a “cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos”, mas a portaria emitida pelo Itamaraty sobre a concessão de vistos a cidadãos afegãos não especifica religião, gênero ou profissão — nem poderia, já que isso configura discriminação e violaria pactos firmados pelo Brasil.

À coluna, o Itamaraty disse que podem ser beneficiados cidadãos afegãos e outros afetados pela situação no Afeganistão “que preencham os requisitos legais e que busquem proteção, liberdade e novas oportunidades”.

Os requisitos legais especificados na portaria são o documento de viagem válido, o formulário de solicitação de visto e o atestado de antecedentes criminais emitido pelo Afeganistão ou uma declaração de ausência de antecedentes criminais.

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